O problema das bikes motorizadas em Brasiléia vai muito além do incômodo: representa um sofrimento real para moradores, trabalhadores e famílias que convivem diariamente com o barulho excessivo e a falta de fiscalização.
Nas últimas semanas, inúmeras reclamações têm surgido sobre a circulação de bicicletas motorizadas com escapamentos adulterados, produzindo ruídos intensos que perturbam o sossego — especialmente durante a noite. Para muitos moradores, a situação já ultrapassou o desconforto e passou a afetar diretamente a saúde, causando estresse, insônia, ansiedade e a sensação de abandono por parte das autoridades.
De quem é a responsabilidade de fiscalizar?
A fiscalização dessas práticas cabe aos órgãos de trânsito municipais e estaduais. Em Brasiléia, essa atribuição recai sobre a Diretoria de Trânsito Municipal, em parceria com a Polícia Militar, que devem atuar na retenção, apreensão e autuação desses veículos irregulares.
Entretanto, moradores relatam que, apesar das constantes denúncias, a presença fiscalizatória ainda é insuficiente, permitindo que o problema se agrave diariamente.
O que diz a lei?
O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) é claro quanto aos ruídos excessivos e adulterações em escapamentos:
Art. 228 – Conduzir veículo produzindo som acima do permitido é infração grave, com penalidade de retenção do veículo até a regularização.
Art. 230, XI – Veículo com escapamento adulterado ou propositalmente barulhento configura infração grave, sujeita a multa e apreensão.
Art. 229 – Uso indevido de dispositivos sonoros resulta em infração e medidas administrativas imediatas.
Ou seja: leis existem. O que falta é a sua aplicação efetiva.
Penalidades e consequências
Condutores que utilizam bikes motorizadas de forma irregular podem sofrer:
Multa grave
Apreensão ou remoção do veículo
Pontos na CNH (para quem é habilitado)
Registro por perturbação do sossego, caso haja boletim de ocorrência
Além disso, adulterar escapamentos para aumentar o barulho é uma prática ilegal, sujeita a penalidades adicionais.
A cobrança da população aumenta
Em vários bairros de Brasiléia, moradores afirmam que o problema já ultrapassou o limite do tolerável. Famílias relatam noites mal dormidas; idosos reclamam do estresse contínuo; trabalhadores dizem não conseguir descansar após o expediente devido ao barulho constante.
A pressão pública cresce para que a fiscalização seja intensificada e para que os responsáveis sejam finalmente punidos, como determina a legislação.
Um transtorno que exige ação imediata
O problema das bikes motorizadas não é apenas barulho: é uma violação do direito ao sossego, à segurança e à saúde da população. Agora, o que se espera é ação — e não apenas discursos — por parte das autoridades responsáveis.
