Câmara de Brasiléia manifesta apoio a estudantes brasileiros contra reajustes abusivos em universidades bolivianas VEJA FOTOS E VIDEO

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Reportagem: Helizardo Guerra 

A Câmara Municipal de Brasiléia manifestou solidariedade aos estudantes brasileiros que cursam Medicina na Bolívia e que denunciam reajustes considerados abusivos nas mensalidades cobradas por universidades do país. Nesta semana, os vereadores Marcos Tibúrcio, Almir Andrade, Zemar e Dê Jaílson Américo participaram de um encontro com os alunos na ponte de acesso entre Epitaciolândia e Cobija, reafirmando o compromisso do Legislativo municipal com a defesa dos direitos da comunidade acadêmica.

O vereador Marcos Tibúrcio destacou que o apoio é unânime entre os parlamentares.
“Este é um momento difícil para nossos estudantes, e a Câmara de Brasiléia está ao lado deles. Não podemos aceitar aumentos abusivos, que beiram práticas injustificáveis. Vamos acionar nossas autoridades — senadores, deputados estaduais e federais — para que apoiem essa causa e ajudem a pôr fim a essa situação. As universidades dizem que querem ser justas, mas não estão sendo justas com os nossos alunos”, afirmou.

O vereador Zemar, pai de três médicos formados na Bolívia, relembrou sua vivência com as dificuldades enfrentadas por brasileiros que buscam formação no país vizinho.
“Estamos aqui porque somos brasileiros e temos o dever moral e legal de defender nossos estudantes. Sei exatamente o que eles passam. Meus filhos viveram essa realidade. Podem contar comigo, com minha família, com meu mandato e com toda a Câmara de Brasiléia”, reforçou.

Segundo ele, as queixas sobre reajustes frequentes e sem justificativas são antigas.
“As versões são sempre parecidas, parece até um rito. E isso tem ecoado negativamente entre pais, alunos e autoridades.”

O vereador Almir Andrade também compartilhou sua experiência ao acompanhar a trajetória acadêmica de sua filha, que iniciou os estudos na Bolívia.
“Minha filha, Luciane, estudou dois anos e meio aqui e passamos pelas mesmas dificuldades desses alunos. A cada dia era um preço diferente, uma situação de insegurança. Por isso a levamos para concluir o curso no Rio de Janeiro, onde hoje é médica. Sei como é duro enfrentar essas condições”, disse.

Para ele, a Câmara deve atuar com firmeza.
“Os estudantes passam por humilhações, acordam cedo, se dedicam e ainda enfrentam cobranças abusivas. Estamos à disposição, unidos nessa causa. Vamos acionar deputados, senadores e o prefeito para fortalecer esse movimento.”

Os vereadores garantiram que a Câmara Municipal de Brasiléia acompanhará o caso de perto e buscará diálogo com autoridades brasileiras e bolivianas, além das instituições de ensino, para tentar encontrar soluções que assegurem condições dignas aos estudantes brasileiros que buscam formação no país vizinho.