Badawi cresceu na Palestina em uma família muçulmana. Ele ouviu sobre Jesus pela primeira vez em um desenho animado cristão, que contava histórias bíblicas.
“Recebíamos um sinal fraco onde eu morava na Palestina. O desenho foi bem feito para os anos 1980 e foi fascinante. Isso me fez perceber que havia um livro diferente e uma fé diferente do Islã”, contou Badawi ao Eternit News.
Na adolescência, ele também teve contato com o Evangelho ao escutar um programa cristão numa estação de rádio em árabe. “Eu não achava que era o caminho certo, era apenas interessante”, disse o ex-muçulmano.
Mais tarde, ao ingressar na universidade e trabalhar na área médica, Badawi passou a conviver com pessoas de alto poder econômico e o islamismo deixou de fazer sentido para ele.
“Se o Islã era a solução para os problemas das pessoas, então por que elas não viviam assim?”, questionou o jovem. “Comecei a me afastar disso. Era o Ramadã, mas eu não estava jejuando”.
Na mesma época, surgiu um movimento muçulmano ultraconvervador no país de Badawi e ele decidiu se mudar para a Austrália, em 2007. Enquanto fazia um mestrado em seu novo lar, seu irmão na Palestina ficou doente.
“Ele nasceu com problemas congênitos e voltou ao hospital. Eu não podia vê-lo. Eu me senti muito estressado”, lembrou ele. Badawi contou sobre a dificuldade ao seu professor da universidade onde estudava e foi surpreendido com a atitude dele.
“Você gostaria que eu orasse por você e seu irmão?”, perguntou o professor, que era cristão.
“Pareceu-me incrível. Eu estava em um país secular onde ninguém se importava com o que as pessoas acreditavam. E, no entanto, a primeira pessoa com quem falei – alguém em uma posição muito alta – se ofereceu para orar por mim e meu irmão. Eu disse sim”, observou.
Conhecendo Jesus na faculdade de teologia
Depois do episódio, Badawi quis conhecer mais sobre o cristianismo e se matriculou em uma faculdade cristã, perto de sua casa.
“Achei que não poderia me aproximar de um novo sistema de fé sem estudá-lo. A pessoa da faculdade parecia surpresa. Ela disse que normalmente as pessoas que estudavam lá eram crentes praticantes. Alguns deles estavam a caminho da ordenação. Eu disse que tudo bem, eu estava apenas interessado”, contou o ex-muçulmano.
Nas primeiras duas semanas de aula, o jovem ficou admirado com o comportamento dos estudantes cristãos, como eles se tratavam uns aos outros e como viviam o que pregavam.
“Então voltei ao meu professor cristão na universidade e disse: ‘Quero seguir essa fé’. Foi quando orei com ele e me tornei um crente em Jesus”, testemunhou Badawi.
Em menos de um ano depois, ele foi batizado nas águas e começou a congregar em uma igreja, onde há um projeto com refugiados. Badawi continuou estudando a Bíblia e fez um mestrado em teologia.
Hoje, ele compartilha o poder transformador do Evangelho. “Agora, quero dizer às pessoas: ouçam a voz que continua chamando vocês. Eu tive sorte. Deus não me deixou. Ele não desistiu de mim”, declarou.
E finalizou: “Quando você aceita Jesus em sua vida, a mudança virá naturalmente. Jesus levará os fardos pesados e nos dará conforto. Foi isso que Deus fez por mim”.