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Nesta terça-feira (05), a Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados aprovou um requerimento para convocar o publicitário Marcos Valério, operador do Mensalão, para falar sobre alguns trechos da sua delação premiada que ligam o PT ao PCC, uma das maiores facções criminosas do país.
A iniciativa partiu do deputado do deputado federal Eduardo Bolsonaro PL-SP), que protocolou o requerimento de convocação do publicitário.
De acordo com Eduardo, o país precisa saber mais detalhes acerca das supostas ligações do PT com o PCC. Segundo ele, esse também pode ser um momento para a sigla provar que não tem nada a esconder.
“Aprovei com deputados da Comissão de Segurança Púb. requerimento para trazer à Câmara Marcos Valério, operador do mensalão.O Brasil precisa de mais detalhes sobre suas revelações, que comprovam a relação sombria entre PT, Lula e PCC. Será uma boa oportunidade também para o PT se limpar, caso não tenham nada a dever…Não entendo porque petistas rejeitam sua ida… cadê o quem não deve, não teme?”, escreveu Eduardo no Face book.
Marcos Valério, PT e PCC
O publicitário Marcos Valério é apontado como um dos principais operadores do Mensalão, que foi um dos maiores escândalos de corrupção da história do país.
Neste domingo (03), a revista Veja revelou trechos de delação premiada que Valério fez com a Polícia Federal (PF). Em alguns trechos, o publicitário relatou era administrador de um caixa clandestino com R$ 100 milhões que pertencia ao Partido dos Trabalhadores (PT).
Em 2005, Valério teria sido procurado pela legenda para entregar R$ 6 milhões do montante ao empresário Ronan Maria Pinto, que chantageava o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para contar detalhes sobre a ligação do Primeiro Comando da Capital (PCC) com a morte do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel (PT), em 2002.
Segundo o publicitário, o pagamento não foi realizado por envolver o caso Celso Daniel.
“Se eu não tivesse rastreado tudo isso, e não tivesse chegado a essa conclusão, eu teria feito, gente. Por que que eu não ia fazer? Eu tinha mais de 100 milhões deles na mão”, continuou Valério.
No depoimento, Valério afirmou que o ex-secretário-geral Sílvio Pereira lhe disse que Ronan Maria Pinto ameaçava revelar que o PT recebia dinheiro de empresas ônibus, de operadores de transporte clandestino e de bingos, que lavavam dinheiro para o PCC. O dinheiro financiaria campanhas do PT ilegalmente.