Além de reuniões com Maduro, Lula também deve se encontrar com o ditador de Cuba, Miguel Díaz-Canel, e a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner.
Lula viajou para Argentina acompanhado de seis dos seus 37 ministros. Entre eles, Fernando Haddad (Fazenda), Mauro Vieira (Itamaraty) e Márcio Macedo (Secretaria-Geral da Presidência). Completam ainda a lista os ministros Nísia Trindade (Saúde), Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social) e Luciana Santos (Ciência e Tecnologia), além da primeira-dama, Janja.
Celac foi criada por socialistas em 2010
A organização esquerdista foi criada pelo então ditador da Venezuela, Hugo Chávez, com a participação de todos os governantes socialistas a região, incluindo Lula. Em 2019, o governo de Jair Bolsonaro oficializou a saída da Celac, que excluiu de sua composição Estados Unidos e Canadá e incluiu — sem qualquer reprovação pública — as ditaduras de Cuba, Nicarágua e a própria Venezuela. Ao todo, 33 países fazem parte da organização.
O governo de Lula decidiu voltar a integrar a Celac. Em nota publicada em 5 de janeiro, o Itamaraty afirmou que o reingresso foi informado aos “sócios extrarregionais com os quais a Celac mantém diálogo regular”, como a União Europeia, a Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean), a União Africana, a China e a Índia.
O Ministério também informou que o Brasil participou diretamente da criação da Celac, ao convocar e sediar, em 2008, na Costa do Sauípe, na Bahia, a primeira edição da cúpula. Ainda segundo a nota, a organização esquerdista tem em sua agenda temas como “segurança alimentar e energética, saúde, inclusão social, desenvolvimento sustentável, transformação digital e infraestrutura para a integração”.
“O retorno do Brasil à comunidade latino-americana de Estados é um passo indispensável para a recomposição do nosso patrimônio diplomático e para a plena reinserção do país ao convívio internacional”, concluiu o Itamaraty.