fonte: folha gospel
Os cristãos na Nigéria enfrentam perseguição de uma agenda organizada de islamização forçada, que é mais predominante no Norte do país e tem gradualmente se espalhado para o Sul.
A Nigéria ficou em sexto lugar na Lista Mundial da Perseguição de 2023, que mostra os piores países do mundo para ser cristão. Na lista de 2022 o país estava em sétimo lugar.
Desde que os estados do Norte declararam lealdade à sharia (conjunto de leis islâmicas) em 1999, essa islamização forçada ganhou força, por meios violentos e não violentos. Ataques de grupos militantes islâmicos têm aumentado consistentemente desde 2015. O governo falhou em impedir o aumento da violência, que afeta todos os nigerianos, mas principalmente os cristãos.
A violência é mais abrangente no Norte, onde grupos militantes, como o Boko Haram, Estado Islâmico da Província da África Ocidental (ISWAP, da sigla em inglês) e os militantes fulanis, provocam mortes, danos físicos, sequestros e violência sexual em suas vítimas. Cristãos perdem suas terras e suas formas de sobrevivência. Muitos vivem como deslocados internos ou refugiados.
Nos estados onde vigora a sharia, no Norte da Nigéria, cristãos enfrentam discriminação e exclusão como cidadãos de segunda classe. Cristãos de origem muçulmana também enfrentam rejeição dos próprios familiares, pressão para desistirem do cristianismo e muitas vezes violência física.
“Nós estávamos trabalhando nos campos da nossa terra quando homens armados se aproximaram de nós. Mais tarde, eles mataram meus dois amigos. Eu sou a única que está viva.”, diz Agnes, cristã perseguida na Nigéria.
O que mudou este ano?
A violência permanece como o maior perigo e uma ameaça relevante na Nigéria. Cristãos continuam sendo indiscriminados e brutalmente atacados no Norte da Nigéria, e a violência agora também se espalhou para o Sul do país. Militantes fulanis e “bandidos” se estabeleceram nas florestas no Sul, tornando o acesso a terras agrícolas cada vez mais difícil para agricultores cristãos. Esses militantes representam uma ameaça significativa para meninas e mulheres cristãs, que podem estar sujeitas a assédio sexual e casamento forçado.
Sequestros por resgate têm crescido consideravelmente nos últimos anos, incluindo o sequestro de líderes de igrejas. Como o governo persiste em sua posição oficial de negação da perseguição religiosa, os direitos dos cristãos continuam sendo violados com impunidade.
Quem persegue os cristãos na Nigéria?
O termo “tipo de perseguição” é usado para descrever diferentes situações que causam hostilidade contra cristãos. Os tipos de perseguição aos cristãos na Nigéria são: opressão islâmica, hostilidade etno-religiosa, paranoia ditatorial, corrupção e crime organizado.
Já as “fontes de perseguição” são os condutores/executores das hostilidades, violentas ou não violentas, contra os cristãos. Geralmente são grupos menores (radicais) dentro do grupo mais amplo de adeptos de uma determinada visão de mundo. As fontes de perseguição aos cristãos na Nigéria são: oficiais do governo, líderes de grupos étnicos, líderes religiosos não cristãos, grupos religiosos violentos, grupos de pressão ideológica, cidadãos e quadrilhas, parentes, partidos políticos, redes criminosas, organizações multilaterais, grupos paramilitares.
Quem é mais vulnerável à perseguição na Nigéria?
A perseguição é mais severa e presente no Norte, onde grupos militantes, como o Boko Haram, Estado Islâmico da Província da África Ocidental (ISWAP, da sigla em inglês) e os militantes fulanis, parecem trabalhar cada vez mais juntos contra cristãos, e contra muçulmanos que não apoiam sua agenda. As invasões a comunidades cristãs, e outras formas de violência, levam a um grande número de cristãos (e outros nigerianos) sendo forçados a viver em acampamentos de deslocados internos. Principalmente mulheres e crianças são vulneráveis nesses campos. Crianças sofrem problemas de saúde, e meninas e mulheres são vulneráveis ao tráfico humano.
Além da violência direta, cristãos no Norte da Nigéria geralmente são ameaçados como cidadãos de segunda classe e sofrem discriminação e hostilidade. Cristãos de origem muçulmana também enfrentam rejeição da própria família, pressão para desistirem do cristianismo, e muitas vezes violência física.
A violência e a apropriação de terras não estão limitadas apenas ao Norte. Militantes fulanis realizam essas práticas em regiões no Sul, onde comunidades, vilas e outras localidades têm sido invadidas. Entretanto, a invasão de comunidades no Sul deve ser entendida de maneira diferente. As pessoas não são expulsas de suas vilas, ao invés disso, descobrem que suas plantações e terras agrícolas foram tomadas por militantes fulanis (e árabes shuwa).
Como as mulheres são perseguidas na Nigéria?
A predominância de grupos militantes na Nigéria torna a vida insegura para mulheres cristãs. Boko Haram, Estado Islâmico da Província da África Ocidental (ISWAP, da sigla em inglês), militantes fulanis e outros bandidos armados conduzem invasões a comunidades cristãs durante as quais meninas e mulheres são abusadas sexualmente, forçadas à escravidão sexual, sequestradas para resgate ou mortas.
Meninas cristãs são sequestradas para se casarem à força e se converterem ao islamismo. Mesmo antes do casamento, meninas são abusadas sexualmente para ficarem grávidas. Essa prática abominável é usada como forma de destruir comunidades cristãs. Se a garota é resgatada, os pais dela podem renegá-la por causa da gravidez.
O rótulo do “casamento” é usado para mascarar o que realmente acontece, que é a escravidão. Se os pais tentam resgatar a filha, comumente enfrentam resistência da comunidade, polícia e judiciário, que argumentam que o casamento é legítimo sob a lei islâmica e que a menina deve aceitar o islamismo. Além de ser “casada”, meninas sequestradas por militantes são usadas em atentados suicidas ou como combatentes.
Devido aos perigos que as meninas cristãs enfrentam, alguns pais escolhem manter as meninas em casa, ao invés de mandá-las para a escola. Embora isso ajude a manter as meninas a salvo, a educação delas é sufocada, o que tem várias consequências para o futuro.
Como os homens são perseguidos na Nigéria?
Em partes rurais do Norte da Nigéria, e cada vez mais no Sul, grupos militantes, como Boko Haram, Estado Islâmico da Província da África Ocidental (ISWAP, da sigla em inglês) e militantes fulanis, atacam comunidades cristãs a fim de eliminar a atual geração de meninos e homens cristãos e acabar com futuras gerações de cristãos ao reduzir a taxa de natalidade. Homens que sobrevivem aos ataques são forçados a se tornarem soldados nos grupos militantes.
A violência contra as mulheres também é usada como uma arma para ferir os homens cristãos. Meninos e homens são forçados a ver suas esposas, mães, filhas e irmãs serem sequestradas ou atacadas na frente deles, causando um trauma profundo e sentimento de impotência ao não ser capaz de protegê-las.
Meninos e homens cristãos são estrategicamente marginalizados da educação e oportunidades de emprego. Cada vez mais, a admissão deles em escolas e universidades é impedida por causa da fé. A combinação de violência e marginalização tem um efeito devastador nas comunidades cristãs. Se um homem for morto, perder a habilidade de trabalhar ou tiver sua propriedade tomada, a família dele se torna ainda mais pobre.
Portas Abertas na Nigéria
A Portas Abertas trabalha por meio de igrejas parceiras locais para fortalecer cristãos na Nigéria com treinamento de preparação para a perseguição e discipulado, cuidados pós-trauma, ajuda emergencial e projetos de desenvolvimento econômico.
Como ajudar os cristãos perseguidos na Nigéria?
Além de orar por eles, você pode ajudar de forma prática doando para os projetos da Portas Abertas de apoio a cristãos perseguidos. Doando para esta campanha, sua ajuda vai para locais onde a perseguição é extrema e a necessidade é mais urgente.
QUERO AJUDAR
Pedidos de oração da Nigéria
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Agradeça a Deus pela fé corajosa dos cristãos na Nigéria, que se recusam a negar a Cristo apesar dos perigos que enfrentam.
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Ore pelo fim da violência causada por grupos militantes por toda a Nigéria.
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Clame para que os parceiros locais da Portas Abertas alcancem mais sobreviventes de violência e sequestro com cuidados pós-trauma e treinamento de preparação para a perseguição.
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Tipo de Perseguição: Opressão islâmica, hostilidade etno-religiosa, paranoia ditatorial, corrupção e crime organizado
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Capital: Abuja
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Região: Oeste Africano
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Líder: Muhammadu Buhari
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Governo: República presidencialista
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Religião: Islamismo e cristianismo
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Idioma: Inglês, iorubá, igbo, hausa, fulani
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POPULAÇÃO: 216,7 MILHÕES
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POPULAÇÃO CRISTÃ:100,4 MILHÕES