O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, defendeu a presença de representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão, mantido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Fávaro falou sobre o tema ao participar de audiência em comissão da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira, 1º.
“O MST vai fazer parte do Conselhão? Que bom”, comemorou Fávaro, ao conversar com os integrantes da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural. Nas semanas anteriores, o colegiado conversou com os titulares do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, e da Pesca, André de Paula.
Na conversa com parlamentares, o ministro da Agricultura falou sobre o MST em outras duas questões: invasões de terras e a presença de João Pedro Stédile, líder do grupo, na comitiva liderada por Lula em viagem à China no mês passado.
Para Fávaro, o presidente da República acertou em levar o líder de invasores de terras para o principal parceiro comercial do Brasil. “Mas o líder do MST fez parte da comitiva? Claro que fez”, comentou o ministro, ao citar que ninguém reclamou da presença de mais de cem empresários do agronegócio na viagem do petista à China.
Ministro de Lula volta a criticar invasões do MST
Foto: Reprodução/MST
Apesar de comemorar a presença do MST e concordar com a viagem de Stédile à China, o ministro de Lula voltou a criticar as invasões de terras que estão sendo realizadas pelo movimento desde o início do governo. De acordo com Fávaro, isso prejudica políticas voltadas à reforma agrária.
Nesse sentido, o titular da Agricultura e Pecuária do país falou até em tom de conselho. Lembrou que uma fazenda invadida não pode ser usada para fins de reforma agrária. Na visão dele, não faz sentido seguir com processo de invasões de terras diante de um governo federal que se mostra favorável aos chamados movimentos sociais. Ele, entretanto, reforçou ser contrário ao ato de invadir propriedades rurais. “Meu posicionamento já é conhecido”, disse o ministro de Lula.
