fonte: terra brasil noticias
A reunião entre Sergio Moro e Gilmar Mendes, que aconteceu na última terça-feira no STF, destacou a mudança de posição de Moro e a reviravolta política dos envolvidos na Operação Lava Jato. A conversa, intermediada pelo senador Wellington Fagundes, durou cerca de 90 minutos, durante os quais Moro negou qualquer ato ilícito relacionado à sua gestão na 13ª Vara de Curitiba e à condução da Lava Jato.
“Você e Dallagnol roubavam galinha juntos. Não diga que não, Sergio”, disse Gilmar, que a todo o tempo foi tratado de “ministro” e “senhor” por Moro, a quem preferia responder simplesmente por “Sergio” e “você”.
Moro tentou se distanciar de Deltan Dallagnol, afirmando não ter vínculos com o ex-procurador. Gilmar Mendes, por sua vez, confrontou Moro sobre as ações conjuntas com Dallagnol reveladas pela Vaza Jato. A discussão também abordou a relação de Moro com Marcelo Bretas e Paulo Guedes, este último tendo convidado Moro para o ministério de Bolsonaro.
Moro reiterou seu respeito pelo Supremo e mencionou seu rompimento com Bolsonaro em 2020, sem tocar no assunto de seu posterior apoio ao ex-presidente. Gilmar Mendes criticou Moro por sua falta de conhecimento jurídico e incentivou-o a estudar mais. Apesar das tensões, ambos concordaram em manter um canal de diálogo aberto. Moro, após a reunião, acompanhou o julgamento de sua cassação no Paraná, que terminou empatado.