fonte: terra brasil noticias
Os votos no 1º turno a candidatos do PT para a Prefeitura de São Paulo caíram em todas as eleições desde a vitória de Marta Suplicy (PT) em 2000.
A redução explica em parte o apoio da sigla em 2024 à candidatura de Guilherme Boulos (Psol).
Marta teve 38% dos votos válidos no 1º turno das eleições em 2000, quando foi eleita prefeita. O partido nunca mais teve um candidato que chegasse a esse percentual na 1ª etapa.
Desde 2000, os números do 1º turno pioram. Mesmo quando Fernando Haddad (PT) foi eleito, em 2012, ele registrou na 1ª etapa 29% dos votos válidos. Ficou em 2º lugar. A virada contra José Serra (PSDB) só veio no 2º turno.
Nas eleições seguintes, o PT viu seus percentuais caírem ainda mais. O então prefeito, Fernando Haddad, perdeu no 1º turno de 2016, com apenas 17% dos votos.
Em 2020, Jilmar Tatto (PT) amargou o 6º lugar, com só 9% dos votos válidos no 1º turno. Foi a pior votação do PT na cidade desde a redemocratização.
VOTO NO PT EM OUTROS CARGOS
Os paulistanos também passaram a votar menos no PT para disputas a outros cargos.
Assim como aconteceu com as eleições municipais, o desencanto com os candidatos petistas se deu principalmente de 2014, quando tem início a operação Lava Jato, a 2018.
Em 2022, porém, os candidatos petistas à Presidência (Lula) e ao governo do Estado (Haddad) conseguem a sua maior votação na capital em 20 anos.


No caso do Senado, assim como na Prefeitura, não há uma retomada na eleição mais recente. O PT sequer lançou candidato ao Senado em 2022.
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O PT teve senadores eleitos por São Paulo em 3 eleições seguidas: Aloizio Mercadante (2002), Eduardo Suplicy (2006) e Marta Suplicy (2010).
Em 2014, embora Eduardo Suplicy tenha tido uma boa votação na capital, ele perdeu a disputa para José Serra. Em 2018, Suplicy e Tatto dividiram os votos dos petistas, e ficaram sem nenhuma vaga.
O caso do PSDB
O principal rival do PT prevaleceu nos últimos 20 anos entre os paulistanos. Metade dos prefeitos da cidade de São Paulo eleitos desde 2000 era filiado ao PSDB.
Depois da perda de força de Paulo Maluf (PP) na direita, os tucanos venceram 3 vezes, com José Serra, João Doria e Bruno Covas (1980-2021).

Embora João Doria tenha sido eleito governador em 2018, já havia perdido naquele ano parte significativa do eleitorado paulistano, como é possível constatar pelas votações discretas na cidade (a vitória de Doria ocorreu por causa do interior).
As últimas duas eleições a governador de São Paulo (2018 e 2022) registraram as piores marcas do PSDB entre os paulistanos em 2 décadas. A saída da política de Doria e a morte de Bruno Covas deixaram o partido sem quadros de envergadura no Estado.
