Em uma crítica cerimônia, o novo campus da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) em Osasco foi inaugurado na presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A celebração, marcada por discursos que mesclavam gratidão e cobranças, trouxe à tona as vozes dos próprios estudantes representados por Jamilly Fernandes Assis, uma aluna de Direito que não hesitou em expressar as necessidades e as lacunas existentes mesmo em meio ao avanço que o novo campus representa.
Durante a inauguração, Jamilly fez questão de destacar que, apesar da alegria pelo novo espaço acadêmico, ainda havia muito a ser feito. A falta de estruturas essenciais como o auditório, o prédio da biblioteca, e áreas de lazer como quadras e anfiteatros foram pontos enfatizados em seu discurso. A estudante salientou que a educação de qualidade vai além da infraestrutura física, englobando também o suporte e as condições necessárias para a permanência dos alunos na universidade.
Quais os principais desafios apontados na inauguração da Unifesp?
Além da necessidade de construções físicas complementares, Jamilly tocou em um ponto muito sensível e crítico: a inclusão e a permanência. Ela destacou a importância de se pensar em estratégias eficazes para moradia estudantil e alimentação a preços acessíveis, elementos fundamentais para que estudantes de fora da região de Osasco possam permanecer e concluir seus estudos.
A resposta de Lula
“Ao invés de o companheiro dirigente sindical começar o discurso agradecendo as 99 [coisas atendidas], ele vai reclamar de uma [não atendida]. É inacreditável”, disse o presidente. Ele ainda falou de “complicações” deixadas pela gestão anterior, sem citar diretamente Jair Bolsonaro. “É importante lembrar que a galinha bota um ovo de cada vez”, justificou.