Os rios Acre, no município de Brasiléia, e Iaco, em Sena Madureira, atingiram, neste domingo, 15, a menor cota histórica. Os dados são do governo do Acre, por meio do boletim diário da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), com informações do Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (Cigma).
Rio Acre, em Brasiléia, atingiu a menor cota da história neste domingo, 15. Foto: Divulgação/Defesa Civil Municipal de Brasiléia.
O Rio Acre, em Brasiléia, apresentou a medição de 0,68 centímetros, neste domingo, 15, o que representa a maior seca da história. A segunda menor cota histórica do manancial ocorreu no dia 25 de agosto de 2024, sendo 0,69 centímetros.
Já o Rio Iaco, em Sena Madureira, amanheceu neste domingo, 15, com a cota de 0,34 centímetros, que também representa a maior seca da história na cidade. A segunda maior seca histórica foi no dia 7 setembro deste ano, 0,35 centímetros.
Rio Acre, no município de Brasiléia. Foto: Divulgação/Defesa Civil Municipal de Brasiléia.
O comandante da Defesa Civil Estadual, coronel Carlos Batista, responsável, junto à Casa Civil, pela gestão do gabinete, explicou que o Estado está atuando em conjunto com as Defesas Civis Municipais monitorando e avaliando os impactos da seca extrema.
“Estamos com diversas ações de resposta em andamento, temos trabalhado no enfrentamento de forma conjunta com os diversos órgãos estaduais, federais e municipais. As ações são diárias, estamos com equipes diuturnamente em campo para monitorar e fiscalizar para evitar também que os ilícitos ambientais ocorram, ou seja, é realmente uma ação conjunta entre os diversos órgãos”, afirmou.
Coordenador da Defesa Civil, Carlos Batista, reforça importância de uma abordagem integrada. Foto: Carina Castelo Branco/Sema
O governo tem atuado, através do Gabinete de Crise, Seca e Estiagem 2024, junto às secretarias e demais órgãos que fazem parte do sistema Integrado de Meio Ambiente, para mitigar os impactos das mudanças climáticas na população e ao meio ambiente. Entre as ações prioritárias estão:
Suspensão do uso do fogo em todo o território do Estado do Acre. Portaria nº 123, do Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac); Reuniões semanais de coordenação do Gabinete de Crise, coordenado pela Casa Civil e Defesa Civil estadual, junto a demais secretarias, órgãos e autarquias; Reuniões da Sala de Situação de Monitoramento Ambiental da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) no Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (Cigma), ligado à Sema.
Os recursos solicitados pelo governo do Acre para enfrentamento à grave seca e combate a incêndios no estado já estão aprovados pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec). Dos R$ 10,9 milhões, R$ 4,5 milhões são para enfrentamento à estiagem e R$ 6,4 milhões para combate a incêndios.
Bambi Buckt otimiza o tempo das forças de segurança, levando cinco minutos para encher e chegar até o local de ocorrência em qualquer parte de Rio Branco. Foto: Dhárcules Pinheiro/Sejusp.
Treinamento da equipe do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) e Corpo de Bombeiros para o uso do Bambi Bucket. Equipamento acoplado no helicóptero utilizado em operações de combate a incêndios florestais; Decretos publicados sobre emergência ambiental – escassez hídrica, incêndios florestais e saúde; Reconhecimento pelo governo federal da situação de emergência ambiental dos 22 municípios do Acre; Trabalho coordenado com a Defesa Civil Nacional para atendimento aos planos de contenção da situação de emergência.
Governo lança Operação Sine Ignis (Sem Fogo) de combate às queimadas e ao desmatamento no estado. Foto: Neto Lucena/Secom
Reforço na fiscalização ambiental com o lançamento da Operação Sine Ignis, Sem Fogo, com atuação em todo o estado, para combater o desmatamento e as queimadas; Coordenação para atuação integrada entre as secretarias municipais e estadual de meio ambiente, por meio da Rede Estadual de Governança Ambiental.
Filtros de água potável foram instalados em Ugais do estado. Foto: Divulgação/Sema.
Instalação de filtros de água potável nas Unidades de Gestão Integrada (Ugais) que atendem as comunidades das que moram nas proximidades das áreas protegidas; palestra orientativas sobre o uso consciente da água, por meio das equipes de Educação Ambiental da Sema e Imac; Avaliação de impacto ambiental pelas equipes da Sema e Imac nas áreas que estão sendo alvo de medidas adaptativas para a distribuição de água, haja visto ao desaparecimento dos locais de captação de água para subsidiar as equipes do Serviço de Água e Esgoto do Estado do Acre (Saneacre) a realizarem plano de trabalho de distribuição de água.
Água que abastece a cidade de Epitaciolândia vem dos igarapés Encrenca e Bahia. Foto: cedida
Melhorias na rede de captação e distribuição de água nos municípios pelo Saneacre, com foco em mitigar os impactos da escassez hídrica; Monitoramento diário das Salas de Vigilância e Situação da Saúde e Meio Ambiente; Elaboração de boletins diários, pela Sema, sobre a qualidade do ar, clima, dos rios e igarapés, focos de queimadas e alertas de desmatamento; Reforço do efetivo do Corpo de Bombeiros para atuar em todos os municípios do Acre, entre outras.