Jurandir Alves Pereira, nasceu no Seringal Quixadá, colocação “Presa Virada”. No dia 13 de fevereiro de 1932. Jurandir é irmão de Antônio Pelado

ICONES DE BRASILÉIA E EPITACIOLANDIA POR IVANA CRISTINA
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colunista colunista: Ivana Cristina
ICONES DE BRASILÉIA E EPITACIOLANDIA 

Casou-se com Ossiana Pessoa Pereira e tiveram 08 filhos: Acendina, Albertina, José Ronaldo, José Railton, Robério, Renner, Roney e Rogério.
Inicialmente, moraram na colônia, mas, começou a trabalhar como ajudante de pedreiro e se deslocava da zona rural para trabalhar na cidade era bastante cansativo e se mudaram para Brasileia.
Muito dedicado ao ofício que amava, passou a trabalhar como pedreiro e depois, mestre de obras.
Senhor Jurandir logo ficou conhecido pela eficiência, seriedade e compromisso com o trabalho que realizava. Foi convidado para fazer a primeira pavimentação da Avenida Prefeito Rolando Moreira. Logo, sua fama se espalhou e o governo o convidou para construir o antigo prédio do Hospital Raimundo Chaar. A partir daí, suas obras não pararam mais, construiu em Brasileia: Casas Saady, Casa Flôr de Brasileia do Senhor Antônio Tuma, Casa do Senhor Antônio Mansour, Casa da Senhora Bade, Casa do Senhor José Cordeiro, Casa do Senhor Waldemir Lopes(hoje, casa do Carlos Ramos), Coletoria, antigo prédio da Delegacia de Polícia Cívil e ajudou na construção do prédio dos Correios e da Igreja Católica Nossa Senhora das Dores. Basta você andar pelo antigo centro de Brasiléia, que tem as marcas do trabalho desse ilustre homem.
Um fato interessante aconteceu na construção da Igreja Católica Nossa Senhora das Dores, o Padre Paulino subiu de batina para observar o travejamento da cobertura da igreja, sua batina “enganchou” em um prego. Ele escorregou e ficou pendurado pela batina no alto da cobertura. Seu Jurandir e outros homens correram com uma escada e tiraram o Padre Paulino, como era muito franzino, o prego e o travejamento aguentaram seu peso.
Senhor Jurandir construiu em Vila Epitácio (Epitaciolandia) o Quartel do Exército, por morar em Brasileia e não ter transporte, levava uma marmita com farofa para almoçar e só voltava à tarde! Na época não tinha carrinho de mão e transportava a areia e os tijolos em um couro de boi, arrastando pelo chão. O trabalho era cansativo, mas nunca desistiu do ofício que amava. Se orgulhava de cada construção que realizava, era seu suor, o sustento dos filhos e o resultado do trabalho era de “encher os olhos”. Ao retornar para casa, após a labuta diária, era recebido com amor e carinho por sua amada esposa e por seus filhos. Em Assis Brasil, construiu a Delegacia, a Coletoria e a Câmara Municipal, foram inúmeras construções, mas cada uma delas foi feita com dedicação, amor e carinho.
Exerceu a função de Secretário Municipal de Obras, nos mandatos de Aldemir Lopes e Milton Ramos Esteves.
Mas, apesar de muito trabalho, teve pouco reconhecimento. A Prefeita Fernanda Hassem foi a única que reconheceu a grande contribuição do Senhor Jurandir às nossas cidades e o homenageou com o nome da praça, localizada próximo ao Beco da Graça.
No dia 07 de outubro de 1977, estava marcado o pagamento, a inauguração do Posto Policial e da Sede do Alojamento do 5° Batalhão da Polícia Militar, Senhor Jurandir e seus ajudantes estavam esperando a comitiva do governo, que se deslocaram de Rio Branco em um monomotor Cherokee-300(PT-DDT) transportando sete passageiros dentre eles: o Secretário de Obras, o Secretário de Justiça do governo Geraldo Mesquita e o empreiteiro José Cordeiro Barbosa Filho. Quando o avião se aproximava do aeroporto em Vila Epitácio(Epitaciolandia), ouviram um estrondo, perto da praia do Adolfo, do lado de Epitaciolandia. O avião com as autoridades tinha caído. Foi um alvoroço na cidade e os moradores correram para lá. Todos os ocupantes morreram carbonizados. No cemitério São João Batista, em Rio Branco, existe um monumento em homenagem aos mortos desse acidente a…