A Praia do Adolfo

ICONES DE BRASILÉIA E EPITACIOLANDIA POR IVANA CRISTINA
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COLUNISTA: Ivana Cristina
Colaboradoras: Acendina Pereira, Lusinete Rodrigues, Antonieta Pacífico e Gislene Salvatierra
Ícones de Brasileia e Epitaciolandia

Brasileia está realizando um grande evento, o 1° Campeonato Internacional de Pesca Embarcada para os amantes e palpiteiros do esporte! O local, a famosa Praia do Adolfo, o grande point em que o pessoal das antigas frequentava!
Adolfo Saady tem seu nome nessa belíssima praia. O pessoal das antigas, inclusive eu, já fomos participar dos famosos Festivais de Praia. Música ao vivo embalada pelo som da Banda Blecaute, barraquinhas cobertas de palha, que vendiam comidas e bebidas! As crianças brincando na areia, enquanto os pais assistiam as corridas de motocross! A moçada que levava farofa e espetinho(em um isopor)para comer, assim economizava uns trocados! Os desfiles de belas garotas( as mesmas garotas que são hoje, avós), “mas não aquelas avós que faziam crochê com um óculos na ponta do nariz. Hoje, as vovós são malhadas, frequentadoras assíduas das academias, antenadas com a internet e, pasmem tatuadas!”
A Praia do Adolfo já foi o point de encontro da moçada que jogava vôlei no final da tarde, das paqueras, dos biquínis discretos, do tira-gosto e da cervejinha gelada entre amigos! Lembro que a entrada da praia, ficava recheada de bicicletas, dos mais variados modelos! Nessa época, poucos carros existiam na cidade. E a ponte de mão única, dava conta do fluxo, hoje não mais. Era um lugar para reunir a galera e curtir o final de semana, após exaustivos dias de trabalho! Ah, saudade daquele tempo, nem briga entre bêbados havia!
Mas, nem tudo foi alegria, a Praia do Adolfo já fez muita gente derramar lágrimas, quantas vidas foram ceifadas, por um simples mergulho, que se tornou fatal. Havia uma pedra com água escorrendo do lado de Epitaciolandia, que carinhosamente chamavam de “mijo da véia”, o desafio de saltar dessa elevação, levou algumas pessoas ao afogamento, umas salvas, outras não. Não existiam bombeiros na cidade, dificultando o salvamento. Lembro que trabalhava na Escola Kairala, no turno da tarde, a meninada fugia das aulas para a praia. O Professor Dino Gadelha ia buscá-los! Lá vinha o Professor Dino atrás e a meninada correndo na frente com a farda toda molhada, de volta para a escola. Inúmeras vezes, ele fez esse mesmo trajeto com os meninos e meninas que hoje são pais de família e poucos recordam dessa travessura.
Parabenizo aos idealizadores pela iniciativa do evento e local escolhido!Que a Praia do Adolfo seja mais uma opção de lazer na cidade. Um espaço natural tão lindo que merece ser desfrutado com responsabilidade pelos moradores e visitantes.