Reportagem: Helizardo Guerra
Buracos, entulhos e encanações expostas dificultam acesso de veículos; famílias afirmam ter carregado doentes e até falecidos nos braços por falta de chegada de ambulâncias e funerárias.
Na sessão da Câmara Municipal desta semana, o vereador Cleomar Portela denunciou o grave estado de abandono da Rua Rio Branco, no Bairro Liberdade. Segundo ele, a via se transformou em um verdadeiro “labirinto”, tomada por buracos, entulhos e encanações expostas, impossibilitando o tráfego de veículos.
Portela relatou que a situação já ultrapassou o desconforto cotidiano, chegando a expor famílias a constrangimentos e sofrimentos extremos.
“Não foi apenas um caso, mas três famílias tiveram que carregar seus entes queridos nos braços porque ambulâncias e carros funerários não conseguiam chegar às residências”, afirmou o parlamentar.
Isolamento e insegurança
Além das emergências, o dia a dia dos moradores é marcado pelo isolamento. Muitos precisam deixar carros, motos e bicicletas em ruas vizinhas e seguir a pé até suas casas. A situação se agrava à noite, com a ausência de iluminação adequada.
Um morador, que preferiu não se identificar, desabafou:
“De dia já é desafiador sair de casa, imagine à noite. A gente sente que foi esquecido pelo poder público.”
Trecho mais crítico
De acordo com o vereador, o ponto mais comprometido está entre a Rua Rio Branco e o trecho conhecido como Beco do Mangueirão, no próprio Bairro Liberdade. Portela pediu intervenção urgente da Prefeitura para devolver condições mínimas de trafegabilidade e dignidade aos moradores.
Cobrando soluções
O parlamentar lembrou que o poder público já havia prometido melhorias para a região, mas nenhuma obra foi executada até o momento.
“Está passando da hora de dar uma resposta positiva a esses munícipes, que contribuem com seu voto e esperam, ao menos, o direito de ir e vir”, cobrou Portela.
Ao encerrar o pronunciamento, ele sugeriu que os vereadores façam visitas in loco para constatar a realidade enfrentada pela comunidade.
“Os moradores clamam por socorro e pedem apenas o básico: condições de acesso e respeito ao direito de ir e vir.”