Reportagem: Helizardo Guerra
Munícipes de Epitaciolândia que vivem no Ramal Porto Rico, na altura do km 32, afirmam enfrentar dias de tensão e incerteza. Com as fortes chuvas que atingem a região, o trecho do ramal ameaça ser completamente apartado, deixando famílias isoladas e comprometendo o escoamento da produção agrícola — principal fonte de renda de dezenas de moradores.
A comunidade relata que os problemas são antigos, mas a ausência de ações preventivas por parte da gestão municipal torna a situação ainda mais revoltante. Segundo os residentes, o colapso anunciado poderia ter sido evitado caso a prefeitura tivesse adotado medidas antecipadas, como manutenção regular, abertura de valas e reforço nos pontos mais vulneráveis do trajeto.
Agora, com o período chuvoso avançando, o risco de isolamento total e até mesmo de uma tragédia cresce a cada dia. Produtores rurais temem perder safras inteiras por não conseguirem transportar suas mercadorias, o que pode resultar em prejuízos irreparáveis para famílias que dependem exclusivamente da agricultura familiar.
Para os moradores, é inconcebível que um problema tão evidente tenha sido ignorado até atingir o limite. “A gente só recebe promessa. Ação concreta, nada. Parece que estão esperando acontecer o pior para só então dizer que vão resolver”, desabafa um residente da região.
A cobrança é direta: a gestão municipal precisa agir com urgência. Cada dia de omissão aumenta o risco de o ramal ceder, colocar vidas em perigo e deixar a comunidade do Porto Rico entregue à própria sorte.