Reportagem: Helizardo Guerra
A região de fronteira tem registrado um crescimento preocupante no número de golpes virtuais, aplicados por criminosos que se aproveitam da confiança e da vulnerabilidade da população. Nas últimas semanas, diversos moradores relataram ter sido vítimas de estelionatários que criam perfis falsos nas redes sociais — muitas vezes utilizando fotos reais das próprias vítimas — para pedir dinheiro em nome delas.
Os golpistas não escolhem alvo. Homens, mulheres, trabalhadores, pequenos comerciantes e até figuras conhecidas da comunidade têm seus nomes e imagens usados de forma criminosa. Em grande parte dos casos, os fraudadores clonam ou reproduzem perfis das vítimas, enviam mensagens a familiares e amigos e inventam histórias urgentes envolvendo problemas financeiros, na tentativa de convencer as pessoas a realizar transferências imediatas.
Apesar de ser um golpe já conhecido, a rapidez com que os criminosos atuam e a dificuldade de identificação imediata fazem com que novas vítimas surjam diariamente. Especialistas alertam que, além do prejuízo financeiro, esses crimes causam impactos emocionais, abalam a confiança entre moradores e expõem a fragilidade da segurança digital na região de fronteira.
Diante do avanço desses casos, autoridades e órgãos de segurança reforçam o alerta: nunca faça transferências sem confirmar diretamente com a pessoa, de preferência por ligação telefônica ou chamada de vídeo. Ativar a verificação em duas etapas nas redes sociais também é considerado um passo fundamental para dificultar a clonagem de perfis.
A orientação é simples e direta: desconfie, confirme e denuncie. O aumento expressivo dos golpes serve como um sinal de alerta para toda a população, que precisa redobrar a atenção para não cair nas armadilhas de criminosos que se aproveitam da boa-fé e da confiança dos moradores da fronteira.
