A política do Alto Acre segue dando material para debate — e para crítica. Em Brasileia, comenta-se que um parlamentar, eleito com o discurso inflamado de “fazer diferente”, estaria preparando a travessia para outro grupo político. Detalhe: tudo isso com apenas alguns meses de mandato.
A pergunta é inevitável: trata-se de estratégia política ou da mais pura traição? O eleitor acreditou em uma promessa de renovação, mas, pelo visto, a prática pode ser a de sempre — a velha política de conveniência. Talvez o “diferente” tenha sido apenas no discurso de campanha.
Produtividade
Enquanto alguns testam os limites da paciência do eleitorado, o vereador Zemar vai em direção oposta: tem investido no contato direto com as comunidades. No Ramal Pega Fogo, km 19, ouviu reivindicações, anotou demandas e se comprometeu a cobrar soluções do poder público. Ao menos por enquanto, Zemar aposta no básico que todo parlamentar deveria fazer: escutar a população.
De vento em poupa
Nos bastidores, a ex-prefeita Fernanda Hassem articula seu retorno político, agora mirando a Câmara Federal. Segundo aliados, ela vem acumulando apoios de peso, principalmente do setor empresarial, e demonstra entusiasmo com a possibilidade de se tornar a principal representante do Alto Acre em Brasília.
Cabeça na guilhotina
Já a Câmara de Brasileia continua parecendo um campo minado. Há vereadores na berlinda, desgastados por declarações imprudentes em redes sociais — deslizes que, em tempos de internet, custam caro politicamente.
No fim, fica a dúvida: a política local caminha para a renovação tão prometida ou segue presa nos velhos vícios? A resposta, como sempre, caberá ao eleitor — que precisa estar atento para não ser, mais uma vez, o grande enganado dessa história.