fonte: terra brasil noticias
Políticos reagiram de forma negativa à decisão do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT)de classificar o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), em 2016, como um “golpe de estado”. A denominação já havia sido usada em sites oficiais do governo e foi repetida pelo presidente durante suas viagens oficiais à Argentina e ao Uruguai. O posicionamento do petista não agradou alguns parlamentares, principalmente os da centro-direita, gerando um clima de forte oposição ao atual mandatário. Com a repercussão da fala, muitos políticos decidiram se pronunciar sobre a escolha de palavras de Lula e cobrar um posicionamento dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Infelizmente é preciso repetir: quem chama o impeachment de Dilma de golpe ataca a democracia no Brasil, o Congresso e o STF. É um discurso extremista e incentiva o ataque a instituições”, escreveu nas redes sociais o perfil do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).
“Agora o Lula está atacando as instituições falando que o impeachment foi golpe. O STF vai ficar só olhando?”, escreveu o perfil do Movimento Brasil Livre (MBL). O ex-presidente Michel Temer, que sucedeu Dilma após o impeachment, também se posicionou sobre o assunto. Ele foi chamado de “golpista” em um dos discursos do atual presidente. “Mesmo tendo vencido as eleições para cuidar do futuro do Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva parece insistir em manter os pés no palanque e os olhos no retrovisor, agora tentando reescrever a história por meio de narrativas ideológicas. Ao contrário do que ele disse hoje em evento internacional, o país não foi vítima de golpe algum. Foi, na verdade, aplicada a pena prevista para quem infringe a Constituição”, argumentou. Vale lembrar que o MDB de Temer tem três ministros no governo Lula: Simone Tebet (Planejamento e Orçamento), Jader Filho (Cidades) e Renan Filho (Transportes). Além disso, foi o ex-presidente quem indicou Alexandre de Moraes ao STF.