Em meio à intensificação da repressão contra igrejas não registradas na China, o pastor Ezra Jin Mingri, líder da Igreja Zion de Pequim – uma das maiores denominações domésticas do país – recebeu acesso a uma Bíblia dentro da cela após a oitava visita de seu advogado.
A informação foi divulgada por Zhang Kai, advogado de defesa, que relatou que o acesso às Escrituras só foi permitido após insistentes tentativas e coordenação com as autoridades.
Para ele, a decisão pode indicar uma leve redução da tensão no caso, que se arrasta desde outubro.
A operação que levou à prisão ocorreu no dia 9 de outubro e, segundo relatos, 23 membros da igreja foram inicialmente detidos.
Destes, 18 seguem sob detenção compulsória, situação que tem afetado suas famílias e gerado críticas de organizações internacionais de direitos humanos e liberdade religiosa, segundo relato feito pela ChinaAid.
Relatos apontam que o pastor Jin tem enfrentado condições rígidas no cárcere.
Suas práticas espirituais, como jejum e oração, teriam sido interpretadas pelas autoridades como “greve de fome”. Ainda assim, “a resiliência do Pastor Jin inspira esperança na liberdade religiosa”.
O acompanhamento legal e o desfecho do processo seguem sendo observados por entidades internacionais e ativistas de direitos humanos, além da repercussão por organizações cristãs, como a ChinaAid.