Reportagem : Helizardo guerra
Às vésperas das últimas votações do ano no Parlamento, os deputados Tadeu, Nicolau e Longo se reuniram com o governador Gladson Cameli e integrantes do alto escalão do Executivo estadual. O encontro ocorreu um dia antes da pauta final ser levada ao plenário, circunstância que confere ao gesto um peso político que extrapola a formalidade institucional.
Também participaram da reunião os secretários Ricardo Brandão, titular da pasta do Planejamento, e Jonathan Donadoni, responsável pela articulação política do governo. A presença de ambos reforça a interpretação de que o diálogo envolveu temas sensíveis à agenda do Executivo, possivelmente relacionados a projetos estratégicos, ajustes orçamentários e alinhamento de votos.
Embora o conteúdo oficial da reunião não tenha sido detalhado publicamente, o timing chama atenção. Encontros dessa natureza, realizados às vésperas de votações decisivas, costumam sinalizar tratativas para assegurar governabilidade, destravar pautas de interesse do Palácio Rio Branco ou reduzir resistências dentro da Casa Legislativa.
Nos bastidores, a movimentação é vista como mais um capítulo da tradicional costura política de fim de ano, quando governo e base aliada ajustam posições antes do encerramento dos trabalhos legislativos. Para críticos, o encontro levanta questionamentos sobre até que ponto o diálogo institucional se confunde com pressão política; para aliados, trata-se de articulação legítima e necessária para garantir estabilidade administrativa.
Com o calendário legislativo se aproximando do recesso, a reunião entre Executivo e parlamentares evidencia que, mesmo no apagar das luzes do ano político, decisões relevantes continuam sendo negociadas com intensidade — longe dos microfones, mas com reflexos diretos no plenário.
