fonte: terra brasil noticias
A Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) manifestou-se contra a invasão de fazendas promovida pelo grupo sem terra Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL). No sábado 16, mil famílias da FNL iniciaram o ato “Carnaval Vermelho”, atualmente concentrado nas cidades de Marabá Paulista, Sandovalina, Presidente Venceslau e Rosana, e atacaram produtores rurais.
O ajuntamento diz reivindicar a destinação das áreas para estabelecer assentamentos da reforma agrária para trabalhadores sem terra.
“Exigimos respeito com a classe dos produtores rurais e solicitamos que as instituições federais e estaduais envolvidas tratem o caso de acordo com o que a lei determina”, disse a ABCZ, em nota divulgada um dia depois das invasões. “Que o Judiciário cumpra o papel de assegurar o direito da propriedade privada, garantida na Constituição, tratando os fatos com agilidade.”
No documento, a ABCZ pediu ao governo que restabeleça “a paz no campo”. “A ABCZ, instituição centenária que representa a pecuária zebuína nacional, condena os crimes cometidos contra o agronegócio e banalização que vem ocorrendo nas discussões sobre o direito de propriedade”, concluiu.
Leia a íntegra da nota contra grupo sem-terra
“A Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) manifesta publicamente repúdio às invasões registradas no oeste paulista, nos últimos dias.
As ações premeditadas do movimento ‘Carnaval Vermelho’ vão contra a lei de regularização de terras.
Exigimos respeito com a classe dos produtores rurais e solicitamos que as instituições federais e estaduais envolvidas tratem o caso de acordo com o que a lei determina. Que o Judiciário cumpra o papel de assegurar o direito da propriedade privada, garantida na Constituição, tratando os fatos com agilidade.
Aos governos, bem como o Ministério da Agricultura e Pecuária e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, requeremos que tomem providências e adotem medidas severas que restabeleçam a ordem e a paz no campo.
A ABCZ, instituição centenária que representa a pecuária zebuína nacional, condena os crimes cometidos contra o agronegócio e banalização que vem ocorrendo nas discussões sobre o direito de propriedade.
O Brasil, terceiro maior produtor de alimentos do planeta, só conseguirá reverter a imagem equivocada de seus sistemas de produção, quando apresentar políticas públicas eficazes de incentivo aos produtores, acesso à tecnologia e garantia de segurança, punindo de forma exemplar quem instiga, coordena e participa de invasões.
Nossa solidariedade aos reais trabalhadores que tiveram suas propriedades invadidas”.