Há mais de 20 anos, quando eu e outros ativistas cristãos criticávamos o ativismo LGBT, alertando a Igreja sobre as verdadeiras intenções por trás do movimento, éramos vistos como radicais, exarados e até intolerantes, muitas vezes por parte de lideranças cristãs que, naquela época, preferiram a omissão.
Hoje, o número de casos onde o ativismo LGBT aparece intimidando, ameaçando e querendo punir pastores e padres pela pregação das verdades bíblicas sobre o comportamento homossexual e outros, é escandaloso.
Em agosto do ano passado, por exemplo, só para citar um dos mais famosos, o pastor Jorge Linhares precisou prestar esclarecimentos ao Ministério Público de Minas Gerais, após ser acusado de propagar “discurso de ódio”, simplesmente por dizer que “homem é homem, mulher é mulher, menino é menino, menina é menina.”
Agora, temos a notícia de que a cantora Bruna Karla passou a ser acusada de “homofobia” e “preconceito”, apenas porque afirmou o que a Bíblia ensina sobre a prática homossexual, se recusando a cantar em uma união homoafetiva. Aqui está um trecho do que ela disse:
“O dia que eu aceitar cantar em um casamento [de um homem] com outro homem, eu posso parar de cantar sobre a Bíblia e sobre Jesus.”
Nunca foi por respeito
A grande mentira do ativismo LGBT, que há anos tentamos fazer a sociedade enxergar, especialmente a Igreja, é de que a luta do movimento seria por respeito às diferenças. Ledo engano! A intenção sempre foi a desconstrução da cultura heteronormativa, e com ela todos os valores que a representa.
Para isso, eliminar o discurso contrário à prática homossexual é uma necessidade, e isso também envolve o que é fruto das doutrinas religiosas, sendo a cristã o grande alvo, já que a Palavra de Deus é clara ao condenar o relacionamento entre pessoas do mesmo sexo.
Tachar o posicionamento de Bruna Karla como “preconceito”, portanto, é nada mais do que uma forma de enviar mais um recado aos pastores e padres que pregam, nos púlpitos, as verdades bíblicas sobre família e vida sexual.
O objetivo do ativismo LGBT, neste sentido, foi tão bem-sucedido, que já temos várias igrejas ditas “inclusivas” e até pastores renomados, outrora vistos como referências no meio teológico, defendendo uma “revisão” da Bíblia Sagrada, a fim de acolher os ideais progressistas.
Se nós, como cristãos fiéis à “sã doutrina dos apóstolos” (Tito 2.1), não nos levantarmos agora contra essa militância agressiva que visa impor goela abaixo da sociedade a sua visão de mundo, veremos amanhã pastores sendo arrancados dos púlpitos para ir responder criminalmente nas delegacias.
O respeito às diferenças deve existir, sempre, mas também a liberdade religiosa, inclusive de convicção filosófica e de conhecimento científico. Ou seja, não é preciso ser religioso para assumir uma posição contra o ativismo LGBT.
Contudo, como cristãos, temos pleno direito de pregar e defender a posição bíblica sobre vida sexual, que aos olhos do Deus judaico-cristão está restrita apenas ao relacionamento entre homem e mulher. Essa é a nossa fé, e dela não abriremos mão.
Marisa Lobo é psicóloga, especialista em Direitos Humanos, presidente do movimento Pró-Mulher e autora dos livros “Por que as pessoas Mentem?”, “A Ideologia de Gênero na Educação” e “Famílias em Perigo”.
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