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O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi hostilizado por um grupo de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), na noite de quinta-feira (3), em Porto Belo, Santa Catarina. A Polícia Militar catarinense foi acionada para afastar dos arredores da casa em que Barroso estava hospedado manifestantes que entoavam palavras de ordem contra a Corte. Além de cantarem o hino nacional, afirmaram que o ministro não é bem-vindo na vizinhança. As informações são do portal UOL.
Antes do episódio, o ministro já havia sido vaiado por cerca de 20 minutos enquanto jantava num restaurante da cidade do litoral catarinense. Reconhecido por apoiadores do presidente derrotado nas eleições, Barroso foi chamado de comunista e xingado de “lixo”, “vagabundo” e “ladrão”.
Conforme relato da PM-SC, as manifestações se desenrolaram de forma “pacífica e ordeira” e “a autoridade deixou o local sem nenhum tipo de conflito mais grave”.
Segundo o gabinete do magistrado, os manifestantes participavam de bloqueios realizados nas estradas em inconformidade com o resultado das eleições: “Quando eles iniciaram protestos do lado de fora do estabelecimento, o ministro preferiu retirar-se para não causar transtornos aos demais clientes do local. A manifestação ameaçava fugir ao controle e tornar-se violenta, tendo a segurança aventado o uso de força policial para dispersar a aglomeração. Diante disso, o ministro, em respeito à vizinhança e para evitar entre polícia e manifestantes, retirou-se do local”.
De acordo com o STF, o ministro não interagiu com os manifestantes. “Não houve proximidade física ou agressão. Tampouco houve qualquer registro de dano patrimonial nos locais, que seja de conhecimento do ministro”, informou a Corte.