colunista: Ivana Cristina
Colaboração: Lenir Alércio
Ícones de Brasileia e Epitaciolandia
“Lá vem a polícia…” Gritava a meninada que brincava na Rua da Goiaba e corria em disparada com medo do Bibiano. Bibiano era “comissário de menores”, exercia sua função com esmero e dedicação, era temido por muitos! “Fiscal de Menor”, “Polícia” e outros adjetivos que o “mimoseava”. Se um “de menor”(como chamavam na época )fosse pego jogando sinuca pelo Bibiano, só faltava fazer xixi nas calças de medo. Andar circulando em bicicleta roubada, nem pensar! Jogar baralho? Ah, se o Bibiano visse! Os pais alertavam os filhos! Diziam que se fossem “detidos”, não iriam buscar na delegacia para não passar vergonha! O que os vizinhos iriam pensar?
Bibiano tinha uma maneira própria de se vestir, usava óculos escuros e um espesso bigode, seu estilo era inconfundível e causava intimidação. Quando saia circulando com sua bicicleta pelos bairros de Brasileia e Vila Epitácio, todos sabiam. E os “de menores” , que se encontravam no forró, se escondiam ou voltavam para casa correndo.
Mas, por trás daquela aparência rude, existia um homem de bom coração. Ele não era exatamente a pessoa que “retratavam”, estou apenas cumprindo meu dever, respondia ele. Mas, no cumprimento do dever que amava, causou insatisfação em alguns.
Bibiano foi uma figura histórica da cidade, temido por uns(que não cumpriam a lei) e admirados por outros, povoou a mente de muitos moradores de Brasileia e Vila Epitácio.
Podiam falar o que quisessem, mas ele desempenhou seu papel com maestria.
Foi um pai exemplar, um sogro amável e um avô dedicado.
Se hoje existisse muitos “Bibianos”, alguns jovens não teriam “perdido o rumo”, como dizem os mais antigos. Lembranças! Doces lembranças no coração daqueles que o conheceram.
A Família Bibiano meu carinho, admiração e respeito.