Boxeadora abandona luta com trans na Olimpíada: ‘Nunca fui atingida tão forte’

Gospel
Compartilhe

fonte: guiame.com.br

“Isto é o que o projeto de esquerda considera uma grande demonstração de ‘igualdade’ e ‘progresso’ – espancar uma mulher na frente do mundo e fazê-la desistir durante as Olimpíadas woke de Paris em 46 segundos”.

Com essa fala, o jornalista Andrew Breitbart criticou a autorização para que Imane Khelif lutasse boxe com a italiana Angela Carini.

A polêmica surgiu quando Khelif, segundo relata o Terra, teve reprovação em um teste de gênero por apresentar cromossomos XY, mas recebeu autorização do Comitê Olímpico Internacional (COI) para competir nos Jogos de Paris.

Outras boxeadoras na França questionaram essa permissão, argumentando que há uma diferença injusta no nível de competição imposto nas lutas.

Khelif foi desqualificada do Campeonato Mundial de 2023 após falhar em um teste de elegibilidade de gênero não especificado, e sua presença nas Olimpíadas de Paris gerou controvérsia. Segundo o Terra, não há indicação de que a boxeadora se identifique como transgênero.

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) também falou sobre a polêmica:

“Independente do fato de a pessoa ser intersexo, ela ainda é biologicamente macho ou fêmea. Se um intersexo macho se identificar como mulher, ou uma intersexo fêmea se identificar como homem, eles se tornam trans, assim como qualquer outra pessoa que se identifica com um gênero diferente do seu sexo biológico.”

Desistência

Diante da evidente desigualdade de força, Carini, de 25 anos, desistiu da luta nesta quinta-feira (1º), após sofrer duros golpes de Khelif na categoria até 66 kg.

A boxeadora italiana chorou e gritou “isso é injusto” ao cair de joelhos após desistir da luta contra seu adversário apenas 46 segundos depois de receber dois socos poderosos.

Em entrevista, Carini disse: “Nunca fui atingida tão forte em minha vida”;

A luta nos Jogos Olímpicos de Paris, entre a boxeadora italiana e sua oponente causou polêmica e incomodou o governo do país europeu.

“É muito preocupante saber que duas pessoas transgênero foram admitidas nas competições de boxe feminino, homens que se identificam como mulheres e que, em competições recentes, foram excluídos. É surpreendente que não existam critérios certos, rigorosos e uniformes, e que precisamente nos Jogos Olímpicos, que simbolizam a lealdade, possam haver suspeitas de uma competição desigual e até potencialmente arriscada”, alertou Eugenia Roccella, ministra da Família da Itália.

Embora tenha sido reprovado em testes de DNA realizados pela Associação Internacional de Boxe (IBA) durante o Mundial de 2023, Khelif recebeu autorização do Comitê Olímpico Internacional (COI) para participar das Olimpíadas. Juntamente com outro atleta de Taiwan, Lin Yu-ting também foi admitido no evento esportivo.

Outro político italiano preocupado com a situação foi o ministro do Esporte, Andrea Abodi, que afirmou ser necessário “garantir a segurança das atletas e assegurar o respeito pela concorrência leal do ponto de vista competitivo”.

O vice-premiê e ministro da Infraestrutura e Transportes da Itália, Matteo Salvini, também criticou a decisão do COI, comentando:

“Um homem lutar contra uma mulher me parece pouco olímpico. Ele dará socos nela, não vão jogar xadrez”.

Em nota, o Comitê Olímpico Nacional Italiano (Coni) afirmou ter colaborado com o Comitê Olímpico Internacional (COI) para assegurar que os direitos de todos os competidores estejam em conformidade com os regulamentos de saúde. No entanto, a entidade não mencionou o incidente envolvendo Carini.