Câmara aprova requerimento para Augusto Nardes explicar áudio vazado

Política
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fonte: revista oeste news

A Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira, 23, um requerimento que convoca o ministro Augusto Nardes, do Tribunal de Contas da União (TCU), para explicar suas declarações em áudios vazados nas redes sociais.

As mensagens atribuídas a Nardes foram divulgadas pela imprensa no domingo 20. Na gravação, o magistrado faz uma análise do momento político brasileiro e afirma que “está acontecendo um movimento muito forte nas casernas”.

“É questão de horas, dias, no máximo uma semana, duas, talvez menos que isso, que vai acontecer um desenlace bastante forte na nação”, declarou o ministro do TCU, nos áudios. “Imprevisíveis, imprevisíveis. Os próximos dias serão nebulosos. Teremos desdobramentos muito fortes nos próximos dias.”

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A decisão da Câmara foi uma resposta a um pedido apresentado pela deputada Fernanda Melchionna (Psol-RS). “Qualquer tipo de articulação que tenha o objetivo de impedir que o presidente democraticamente eleito assuma o poder, a partir de 2023, é absolutamente incompatível com a Constituição Federal de 1988 e o regime por ela instalado”, defendeu a parlamentar.

Até o momento não existe uma data para o comparecimento de Nardes na Casa. Na terça-feira 22, o magistrado protocolou um pedido de licença médica, depois de ser cobrado por outros membros do Tribunal a respeito do áudio.

Em nota, ministro esclarece áudio

Nardes emitiu um comunicado afirmando que sua fala foi mal interpretada. Na nota em que confirma a autenticidade da gravação, ele enfatiza que repudia manifestações de natureza “antidemocráticas e golpistas” e que a gravação era despretensiosa.

“O ministro Augusto Nardes lamenta profundamente a interpretação que foi dada sobre um áudio despretensioso, gravado apressadamente e dirigido a um grupo de amigos”, informou o magistrado. “Para que não pairem dúvidas, esclarece que repudia peremptoriamente manifestações de natureza antidemocrática e golpistas, e reitera sua defesa da legalidade e das instituições republicanas.”