colunista: Ivana Cristina Colaboração: Maria Anícia Kairala e Gislene Salvatierra Ícones de Brasileia e Epitaciolandia
Carlos Ramos Esteves, é filho de família tradicional de Brasileia! Seu pai, Alexandre Esteves Filho, conhecido por Xandico, foi Prefeito de Brasileia! Seu irmão, Milton Ramos Esteves, foi Professor, Diretor e Prefeito de Brasileia! Dos irmãos, apenas Emílio, mas conhecido por Bacurim, não seguiu o rumo da política! Era do Bacurim a maior parte das terras que formam o Parque Centenário em Brasileia! Carlos casou-se com Dona Francisca e tiveram dois lindos filhos. Os filhos cresceram, se formaram e foram exercer as profissões em outros estados. Sua esposa Francisca, religiosa, frequentava as missas dominicais e sempre participava das atividades da igreja católica Nossa Senhora das Dores. Francisca adoeceu e partiu, deixando-o viúvo. Após alguns anos conheceu uma bela mulher, Maria. Carlos, que andava triste e solitário, voltou a sorrir. Participava das missas e de outras atividades da igreja com sua esposa Maria. Viveram felizes por alguns anos, mas Maria faleceu vítima de repentino acidente de trânsito. Um acidente que deixou Carlos e seus familiares enlutados com sua repentina partida. Carlos exerceu a profissão de Professor e Diretor da Escola Kairala José Kairala. Trabalhou no Setor de Finanças da Prefeitura. Foi também, assim como seu pai e seu irmão, Prefeito de Brasileia! Carlos é um homem incompreendido por alguns e amado por outros. Não tem “papas na língua”, fala o que quer, doa a quem doer. Tem uma paixão antiga, seu carro do tempo do “bumba”, que ele carinhosamente chama de Fumbica. Ele não vende, não troca, não faz nenhum tipo de negócio com a Fumbica, os dois se entendem muito bem. Basta ele ligar a Fumbica, que pelo barulho, já sabe exatamente onde está o problema. Quer ver o Carlos sorrir, fale sobre seus filhos. Sempre apaixonado por eles e agora mais feliz ainda que é avô. Sua neta Francisca Julieta é a princesa da sua vida. Lembro quando fui trabalhar pela primeira vez como professora! Carlos Ramos, era o Diretor da Escola Kairala. Quando me apresentei, ele olhou para mim, entregou um giz e disse: Tomara que àqueles alunos não coloquem você para correr. É a quarta professora, em seis meses. Eles são insuportáveis. Vá! E eu fui! E só saí da Escola Kairala após 28 anos. Foram anos de aprendizado que eu levo para a vida. O homem que conhecemos se veste com uma “carapaça” para se proteger, mas foi um profissional brilhante, um esposo dedicado; é um pai amoroso e um avô exemplar. Olho para trás e vejo que aquelas palavras ditas por ele, foi um estímulo para minha carreira profissional. Persistir sempre! Desistir, jamais! Até hoje, quando o encontro, ele assobia e eu assobio de volta, uma comunicação um pouco estranha, mas uma forma de dizer: “Eu estou aqui”. Carlos Ramos, o Coalhada, é admirado por uns, incompreendido por outros, se ele se preocupa com isso? A resposta é “não”, lembro uma expressão popular que diz “enquanto os cães ladram a caravana passa” e Carlos age exatamente assim. Quanto ao apelido, não faço a mínima ideia porque o chamam assim.