Os incêndios florestais que atingiram o Chile ganharam força na última sexta-feira (2). Até o momento, foram registrados 123 mortes e equipes continuam trabalhando para conter as chamas.
As regiões com áreas mais afetadas são Viña del Mar, Valparaíso, Quilpué, Villa Alemana e Limache. O G1 informou que cerca de 31 mil hectares foram consumidos pelo fogo. O incêndio deixou 15 mil casas queimadas, milhares de pessoas desabrigadas e centenas desaparecidas.
O presidente Gabriel Boric decretou estado de emergência e dois dias de luto nacional pela magnitude da tragédia e a previsão de que o número de mortes “crescerá significativamente”.
Segundo Boric, os incêndios florestais do último fim de semana são a maior tragédia que o país enfrenta desde o terremoto de 27 de fevereiro de 2010.
Muitas vítimas estão alojadas em abrigos e grande parte da população está sem energia elétrica e água. As ruas estão tomadas por escombros e os militares tentam conter as vias.
Cristãos afetados
Caleb Fernández, pastor e conselheiro regional do ONAR (Escritório Nacional de Assuntos Religiosos) na região de Valparaíso, confirmou que seis igrejas evangélicas foram atingidas pelo fogo e muitos pastores viram suas casas serem destruídas pelas chamas.
Com isso, o pastor Fernández afirmou que estão realizando esforços para que os templos que não foram afetados recebam os corpos dos cristãos falecidos para a realização de velórios. Assim como, servir de locais de refúgio espiritual para os familiares.
O pastor destacou que seu escritório está coordenando o trabalho voluntário em conjunto com a Delegação Presidencial, o Município de Viña del Mar e as igrejas evangélicas locais.
Organizações religiosas especializadas em emergências como: Adra, Cadena, Caritas e Exército de Salvação, foram acionadas para um trabalho conjunto e eficiente com as autoridades regionais.
A Divisão Chilena do Exército de Salvação já instalou a primeira cozinha solidária em Valle del Sol, onde serão entregues refeições diárias, bem como kits de higiene e água.
As equipes também estão solicitando doações em diversos centros de coleta espalhados pelo país.
Embora o incêndio tenha começado após uma onda de calor atingir o país e outras regiões da América do Sul, como a Argentina, o governo investiga se o fogo foi criminoso.