colunista: Ivana Cristina Ícones de Brasileia/Epitaciolandia
Olinda Gadelha, uma mulher ousada para a época. Desafiou o machismo dos “homens do poder”, numa época em que o marchismo era exemplo de perfeição, se tornou Prefeita de Brasileia, cargo antes ocupado por uma mulher: Aurita. Mas, Aurita não foi ousada tanto quanto Olinda. Era inspiração para as donas de casa, as professoras e uma centena de mulheres agricultoras e seringueiras. Que escutavam no rádio de pilha, o avanço passivo do feminismo. Mulher bela, inteligente, carismática e admirável. Comandou com mão de ferro e requinte de ternura, nossa cidade. Valorizou o hino em cada escola que passava(era costume na época cantar o hino nacional, antes do ingresso dos alunos na sala de aula). Depois valorizou a divulgação do hino à Brasileia. Como falar de Olinda, sem mencionar Chico Dino. Olinda tinha ao seu lado, o melhor “primeiro damo” que a cidade já teve. Me desculpa, aos esposos das grandes prefeitas de Brasileia, mas, ninguém até hoje foi capaz de ocupar o lugar de Chico Dino, no coração dos brasileenses. Quando tinha um problema, com a infraestrutura do município, lá estava ele, fazendo conserto, ouvindo a reclamação da população e fazendo reparos. Chico Dino não era homem de mandar, era de fazer. E fazia com maestria. Tinha uma popularidade, que nem um vice nunca teve. E ele, nem era vice. Era um Senhor íntegro, que amava carnaval, que andava com sua bicicleta antiga e uma enxada na garupa, rumo a sua colônia no final da tarde. Até hoje, Olinda Gadelha exerce uma forte influência política na região. Em outubro de 2008, ele faleceu. E do Chico Dino só uma saudade de alguém que partiu e deixou um “quê” de lembrança nas tardes carnavalescas de Brasileia. Chico Dino com todo respeito, mas você foi uma “figura”. Olinda Gadelha, mulher brilhante. Tantos adjetivos , que só quem conhece sua história, sabe do que eu estou falando. Minha sincera admiração.