Em determinação geral enviada para a tropa no início do seu comando, o general de Exército Tomás Miguel Miné, que assumiu a gestão do Exército Brasileiro após ser nomeado por Luiz Inácio Lula da Silva, entre outras ordens relacionadas à comunicação social da força e recuperação do prestígio perante a sociedade Brasileira, solicitou que seus comandos subordinados na força terrestre tomem providências no sentido de criar uma associação denominada Amigos do Exército.
Uma ação política
Em sua ordem, inserida na diretriz para o quadriênio 2023 x 2026, o oficial general deixou claro que devem ser convocados veteranos e membros da sociedade civil, entre eles os ex-alunos dos colégios militares.
A empreitada, assim como as diversas condecorações distribuídas pela força terrestre todos os anos para políticos magistrados e membros proeminentes da sociedade civil, é obviamente política e embora não tenha relação com nenhuma sigla partidária, tem como objetivo fortalecer o nome do Exército Brasileiro e a interlocução com personalidades públicas e autoridades civis, encurtando os caminhos para a consecução dos objetivos da instituição.
No extenso documento obtido pela Revista Sociedade Militar, em seu item 31 pode-se atestar que o comandante deixou claro que a nova associação deve ser em nível nacional, a exemplo do que já ocorre com associação de Amigos da Marinha do Brasil, que congrega todos os agraciados com a medalha Amigo da Marinha e acaba fortalecendo politicamente a armada Brasileira por conta do estreitamento de laços aos membros mais proeminentes da sociedade em vários locais do Brasil.
“Intensificar o contato com veteranos, pensionistas, ex-alunos dos Colégios Militares, com vistas a manter a coesão e estimular o convívio da Família Militar. Ainda nesse contexto, criar uma associação de amigos do EB, em nível nacional, proporcionando a interlocução com personalidades e autoridades civis.… ”