Comissão quer ouvir ministros palacianos sobre função de Janja em governo

Nacional
Compartilhe

FONTE: terrabrasilnoticias.com

A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara aprovou nesta 4ª feira (27.set.2023) convites para ouvir 6 ministros do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Metade dos requerimentos mira palacianos e pede esclarecimentos sobre as funções da primeira-dama Janja da Silva.

Os deputados querem explicações sobre “as notícias relacionadas à possibilidade e competência da primeira-dama, Janja da Silva, em assumir a agenda presidencial”. Para isso, foram aprovados convites aos ministros Rui Costa (Casa Civil), Márcio Macêdo (Secretaria Geral) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais). Os requerimentos foram apresentados pelo deputado Evair de Melo (PP-ES).

Como o Poder360 mostrou, a primeira-dama tem ganhado protagonismo nos compromissos do governo às vésperas da cirurgia que Lula fará para colocar uma prótese no fêmur.

“É assustador aventar que uma primeira-dama, de maneira ilegal e inconstitucional, assuma compromissos e represente o governo do Brasil em agendas que são próprias do presidente da República”, declarou o deputado Kim Kataguiri (União Brasil-SP) na reunião do colegiado.

Na reunião, Tadeu Veneri (PT-PR) afirmou que parte dos convites aos ministros se baseia em informações publicadas na mídia e deveriam ter mais foco. “Alguns convites vêm por suposições, acho que poderíamos fazer por fatos específicos”, disse.

O colegiado também aprovou convites aos seguintes ministros:

  • Paulo Pimenta (Secom), para falar de gastos com publicidade oficial;

  • Flávio Dino (Justiça e Segurança) para dar explicações sobre ações de prevenção e de enfrentamento da criminalidade; e

  • Esther Dweck (Gestão e Inovação) para debater a reforma administrativa.

A versão original de todos os requerimentos aprovados pedia a convocação –quando a presença é obrigatória– dos integrantes da equipe ministerial, mas foram transformados em convites depois de acordo negociado com deputados governistas.