Cristão nigeriano é decapitado por não negar Jesus

Gospel
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fonte: folha gospel

Um jovem nigeriano chamado Ayuba (nome fictício por razões de segurança) conta a história de seu pai, que foi morto violentamente pelo grupo terrorista Boko Haram, em 2020.

Na ocasião do ataque, outros 8 cristãos também foram mortos por não negarem o nome de Cristo conforme os jihadistas queriam.

De acordo com a Portas Abertas, Ayuba disse que se lembra até o dia de hoje quando os terroristas invadiram a vila onde vivia com sua família.

“Perto das 18hs se espalhou um rumor de que o Boko Haram se aproximava da vila. Meu pai me disse para voltar para casa. Eu queria sair de novo, mas ele disse que eu deveria ficar em casa”, lembrou.

“Geralmente, quando ouvimos um tiro, sabemos que são soldados, mas quando os tiros se tornam rápidos, sabemos que é o Boko Haram. Nós ouvimos um tiro e pensamos que eram soldados, então ficamos em casa”, continuou.

Porém, alguns militantes do Boko Haram entraram na cidade vestidos com uniforme dos soldados. Um dos vizinhos alertou a todos que eram os terroristas, então a família percebeu que não podia mais esperar. Ayuba e os irmãos fugiram.

Apesar de pensar que o pai estivesse logo atrás deles, não estava. E sem saber o que estava acontecendo na vila, Ayuba e os irmãos oraram juntos, enquanto aguardavam.

‘Por não negar Jesus ele foi decapitado’

Ayuba conta que o pai precisou se esconder na casa de parentes, mas os militantes do Boko Haram invadiram a casa em busca de cristãos.

“Eles agarraram nosso pai e o levaram com eles. Ele perguntava qual era seu crime, mas eles não respondiam. Já do lado de fora, eles o fizeram ficar de joelhos”, disse o filho ao contar que os militantes exigiram que seu pai recitasse uma passagem do Alcorão.

O teste era para saber se ele era muçulmano ou não, mas o cristão nem tentou esconder sua fé em Cristo. Ao questionarem se ele era muçulmano ou cristão, ele respondeu: “Cristão”. E, com aquela resposta, ele foi decapitado na mesma hora.

‘Reconheci meu pai pelas roupas’

Ayuba conta que só soube do ocorrido pela manhã, quando retornaram à vila. “Nos aproximamos de casa e vimos três corpos no chão. Eu reconheci meu pai pelas roupas. Eu caí de joelhos ao lado dele e orei”, relatou.

Mesmo arrasado, Ayuba disse que conseguiu agradecer a Deus: “Sou grato, Deus. O Senhor deu, o Senhor levou. Que o meu pai descanse junto do Senhor”, repetiu as palavras ditas naquele momento triste.

O jovem disse que pensou em ficar onde o pai estava enterrado em busca de vingança, mas depois se convenceu de que seria melhor para ele e a família se mudarem para outra vila.

Desde então, um pastor local ajudou Ayuba e os irmãos na mudança e indicou que todos recebessem os cuidados pós-trauma dos parceiros da Portas Abertas: “Foi onde eu entendi que não sou o único que passa por isso. Coisas piores são feitas a outras pessoas, mas elas ainda são capazes de ter uma vida normal”.

Ayuba revelou que aprendeu a perdoar e disse que abriu mão da raiva para ter paz: “Deus me trouxe aqui para me curar”, finalizou.