Reportagem: Helizardo Guerra
Epitaciolândia — O descontentamento popular ganhou força nas redes sociais e chegou às páginas do site DEFRENTECOMANOTICIA após a repercussão de vídeos envolvendo a Secretaria Municipal de Planejamento. Para muitos munícipes, “a conta não fecha” diante do que consideram um gasto elevado com gafes e ações de visibilidade, iniciativa conduzida pela secretária Marinete Mesquita, irmã do vice-prefeito do município.
Segundo relatos da população, a secretária tem recorrido a gravações em vídeo, inclusive em momentos de confraternização, na tentativa de reconstruir a imagem da pasta e minimizar o desgaste provocado por uma postagem anterior. No vídeo que gerou a controvérsia, ela teria se autopromovido ao destacar ações e supostas realizações da secretaria. Já em uma gravação mais recente, o tom teria sido alterado, numa tentativa de amenizar a repercussão negativa e reverter a percepção pública sobre a gestão.
O que mais tem gerado indignação, conforme comentários de moradores, é o contraste entre os valores investidos em ações de visibilidade e a realidade enfrentada pelo município. Munícipes questionam as prioridades da administração, especialmente diante de cifras consideradas elevadas, citadas pela secretaria, como o valor de R$ 650 mil destinados à contratação da cantora Joelma para um evento festivo.
“Será que isso resolve ou vai piorar ainda mais?”, questionou um morador ouvido pela reportagem. Para ele e outros munícipes, a chegada do inverno apenas evidencia problemas antigos, como ruas intrafegáveis, bairros isolados e ramais abandonados — situação que compromete diretamente a mobilidade e a qualidade de vida da população de Epitaciolândia.
Os relatos apontam para uma crescente incompreensão popular diante das controvérsias administrativas e da aparente falta de alinhamento entre os investimentos realizados e as necessidades básicas do município. “Enquanto se fala em planejamento e grandes eventos, a população enfrenta lama, buracos e abandono”, comentou outro munícipe ao DEFRENTECOMANOTICIA.
A crítica que ecoa entre os moradores vai além dos valores gastos. Trata-se, sobretudo, de uma cobrança por prioridades. Para muitos, mais do que vídeos e discursos, a população espera ações concretas que enfrentem os problemas reais do cotidiano e tragam respostas efetivas às demandas da cidade.
