Reportagem: Helizardo Guerra
De um lado, surgem críticas duras contra a falta de resultados da atual administração: ruas abandonadas, educação esquecida e promessas não cumpridas. Do outro, aparecem defensores inflamados, vistos por muitos como interessados apenas em garantir uma “boquinha” ou manter influência na máquina pública.
O que se percebe é que a política local continua sendo palco de brigas pessoais e alianças de conveniência, enquanto a população segue à espera de soluções concretas. No fim das contas, fica a pergunta que ecoa nos grupos e nas ruas: quem realmente trabalha pelo povo e quem apenas briga por cargos?
As discussões nos grupos de WhatsApp na fronteira têm esquentado nos últimos dias e revelado um retrato claro da política local. De um lado, há quem critique a falta de resultados da atual gestão, apontando abandono de ruas, descaso com a educação e promessas não cumpridas. Do outro, surgem defensores ferrenhos, muitos com discursos já conhecidos: “a cidade nunca esteve tão bem” e “os críticos só sabem reclamar”.
Segundo esses entusiastas, os buracos nas ruas são apenas “piscinas naturais”, a precariedade na saúde é “questão de percepção” e, claro, qualquer crítica é prontamente carimbada como perseguição política. Para eles, o simples fato de a gestão existir já é sinônimo de progresso.
O embate, que deveria girar em torno de soluções para os problemas da cidade, acaba descambando para ataques pessoais e disputas por cargos. Enquanto isso, a população observa de perto, questionando quem realmente está interessado em trabalhar pelo município e quem apenas busca “boquinhas” e benefícios próprios.
O clima continua acirrado, mostrando que a política da fronteira segue marcada por alianças de conveniência, críticas afiadas e, infelizmente, resultados práticos cada vez mais invisíveis para o povo.