Destaque nacional: Forças Policiais do Acre são as que menos matam, aponta Monitor da Violência do G1

Policial
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Reportagem: Paulo Teixeira

O Estado do Acre ocupa mais uma vez posição de destaque no cenário nacional quando o assunto é a queda do índice de mortes violentas  intencionais (MVI). De acordo com o Monitor da Violência, com parceria com o Núcleo de Estudos da Violência da USP e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em matéria jornalística publicada nesta quarta-feira, 4, pelo G1 nacional, o Acre figura na primeira colocação, entre todas as Unidades da Federação, também no quesito de mortes cometidas pelas forças policiais: Acre (-58%).

Segundo a publicação, apenas três estados  tiveram mais de 40% nesse quesito. Além do Acre, Rondônia (-45%) e Roraima (-44%). O estudo aponta ainda que o Amapá é o estado com a maior taxa de mortes por policiais: 17,2 a cada 100 mil.
 
De acordo com o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, coronel Paulo Cézar Rocha dos Santos, o mecanismo de redução se deu a partir de uma análise, sobre o problema, no ano de 2020, cujo resultado mostrou uma incidência maior de mortes provocadas por ações polícias durante o período de folga, quando precisavam agir de forma isolada.
 
“Para reduzir os casos de letalidade, foi realizado um trabalho de capacitação dos policiais acreanos por meio dos cursos de Operações Integradas das Forças de Segurança e de sobrevivência policial. Os dois cursos tiveram ênfase no uso progressivo da força e de como agir com menor risco à sociedade e ao próprio policial. Acredito que só estando capacitado efetivamente para utilizar uma arma de fogo é que dificilmente nós vamos oferecer risco à sociedade, e foi esse o princípio basilar o que levou a essa redução”, asseverou Paulo Cézar.

Capacitações

Criado em 2020, o Curso Operacional Integrado (COI) já capacitou mais de 3.000 operadores de segurança pública, tendo como coordenadores o policial penal Kiuly Daniel, formado na Diretoria Penitenciária de Operações Especiais e com diversos cursos na área policial, e o coronel PM RR Assis Martins, formado em Operações Especiais, pela Polícia Militar do Mato Grosso, Guerra na Selva e com diversos cursos na área policial. 

“Vale ressaltar que nesses dois anos (2020 e 2021) a Sejusp oportunizou diversas capacitações para os profissionais pertencentes ao  Sistema Integrado de Segurança Pública (SISP), como Curso de Multiplicadores de APH em Combate-Protocolo MARC 1, Sobrevivência Policial, Abordagens, ROTAM, CINOTECNIA, CPFRON, dentre outros”, explicou Kiuly Daniel.

O coordenador acrescentou que o curso de sobrevivência policial foi disponibilizado para pelo menos 3.000 integrantes do SISP, atingindo todas as regionais do estado. “A ênfase do curso é a proteção do policial no seu momento de folga, saber agir ou reagir no momento em que ele está sozinho ou com sua família” destacou. 

De acordo com a coordenação do Curso Operacional Integrado, a atividade formativa é composta por matérias essenciais ao trabalho policial: Algemamento, Armamento, Munição e Tiro, Sobrevivência Policial e Abordagens. Somente no ano de 2020, a Sejusp formou 15 turmas, com 35 alunos cada.

Neste ano 2022, a Sejusp já realizou a capacitação do efetivo policial do 6° BPM e todo o efetivo do 4° BPCIF/CZS/CBMAC (Cruzeiro do Sul). em Armamento, Munição e Tiro e sobrevivência policial. Capacitou, ainda, em Sobrevivência Policial, os policiais que integram a segurança institucional do Ministério Público do Acre (MPAC).