Em crise: indústria bélica que Lula considera ‘estratégica’ coloca 400 funcionários em licença remunerada por tempo indeterminado

Nacional
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fonte: terra brasil noticias

Em meio a uma séria crise financeira, a Avibras, uma indústria bélica tradicional brasileira, colocou aproximadamente 400 trabalhadores em licença remunerada por tempo indeterminado. De acordo com o G1, essa medida afeta os funcionários da unidade localizada em Jacareí, no interior de São Paulo.

A empresa, que enfrenta uma dívida de R$ 600 milhões e está em processo de recuperação judicial desde março de 2022, justifica essa decisão como uma forma de reduzir custos e garantir a viabilidade do negócio. No entanto, essa situação gera incerteza e preocupação entre os trabalhadores, que temem pelo futuro de seus empregos.

É importante ressaltar que, embora seja uma empresa privada, a Avibras conta com o BNDES como um de seus credores. Isso significa que parte do dinheiro público está sendo utilizado para manter a empresa em funcionamento, mesmo durante essa crise.

Recentemente, a Avibras passou por um período de “layoff”, no qual os contratos de trabalho dos funcionários foram temporariamente suspensos. Com o término dessa medida em 31 de maio, os trabalhadores foram colocados em licença remunerada.

A situação financeira da Avibras se deteriorou nos últimos anos, resultando em atrasos salariais preocupantes. Em março, cerca de 100 funcionários protestaram em frente à empresa, exigindo o pagamento dos salários atrasados. Atualmente, aproximadamente 800 trabalhadores estão em greve, enquanto os 400 funcionários em licença remunerada também não recebem seus salários há mais de um ano.

Segundo a CNN Brasil, a empresa está em negociações avançadas com o grupo australiano DefendTex para uma possível aquisição. Em maio, a Justiça solicitou esclarecimentos sobre essas tratativas, atendendo a um pedido do BNDES.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou interesse em manter a Avibras sob controle nacional, preocupado com os empregos gerados, a preservação da capacidade tecnológica da indústria e o fato de que a empresa desempenha uma função estratégica, conforme destacado pelo próprio presidente.