Empresa que foi investigada na lava-jato pode ser alvo de CPI por afundar bairros em Maceió; Renan Calheiros intercede

Nacional
Compartilhe

FONTE: terrabrasilnoticias.com

Diretores da Braskem estão tentando convencer o líder da Maioria no Senado, Renan Calheiros (MDB-AL), a retardar as negociações para instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre a petroquímica. A empresa é apontada como responsável pelo afundamento do solo de cinco bairros de Maceió, que deixou mais de 50 mil pessoas desabrigadas.

O requerimento é do próprio senador. Quarenta e cinco parlamentes subscreveram o documento de Renan, 18 a mais que o mínimo necessário.

Nesta segunda-feira (25), representantes da empresa tiveram uma reunião com Renan. Participaram o presidente da petroquímica, Roberto Bischoff, e outros executivos da empresa. O governador de Alagoas, Paulo Dantas, também esteve no encontro. A exemplo do que ocorreu com o município de Maceió, Dantas pleiteia um acordo bilionário da Braskem com o governo do estado.

Calheiros não saiu satisfeito do encontro. Os diretores da empresa chegaram a dizer que, caso tenham de sair de Maceió, eles deixariam o estado de Alagoas. Renan classificou a informação como uma “ameaça sem cabimento”. O governador Paulo Dantas tem manifestado preocupação com a possibilidade de a empresa deixar o Estado.

Calheiros espera para esta semana que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), leia em plenário o requerimento de criação do colegiado. Lido o documento, abre-se o prazo para que os líderes das bancadas façam as indicações de quem vai compor o colegiado.