Reportagem; Helizardo Guerra
Moradora e Empresária Desabafa: “Gestão Perdida e Sem Compromisso com o Município”
A insatisfação com a atual administração municipal tem ganhado cada vez mais espaço nas redes sociais Desta vez, uma empresária e moradora do município fez um forte desabafo.
Por incrível que pareça, a nova política de planejamento municipal segue um princípio simples e eficaz: se tem festa, tem tudo. Ruas esburacadas, falta de energia, ramais por fazer? Paciência. Unidades de saúde em péssimas condições, algumas em estado crítico? A gente ora. Escolas caindo aos pedaços? Ué, mas já pintaram o palco do show! Porque aqui, caro leitor, a alegria vem antes da dignidade — e com trio elétrico, por favor.
Em mais um capítulo de “O Brasil celebra enquanto afunda”, a Prefeitura de Epitaciolândia anunciou, com pompa e balões coloridos, a programação de mais um megaevento cultural. Detalhe: no mesmo momento em que o restante da gestão — e principalmente muitos moradores de diversas áreas — protesta, enfrentando o desmando administrativo e esperando esclarecimentos sobre precatórios que se arrastam há tempos. Para outras áreas… falta tudo. Nada como um bom sertanejo universitário para abafar os gritos de socorro.
Um dos aliados da alegria falou ao site Defrentecomanoticia: “O povo precisa se divertir”, disse o porta-voz da felicidade oficial, ao ser questionado sobre o orçamento investido — sem nenhuma consideração pelo momento vivido pelos epitaciolandenses. “É com dança e pipoca que se esquece” — completou, provavelmente com um sorriso mais caro do que a construção de uma cobertura para os alunos da rede escolar, que esperam ao relento, à beira das estradas ou nos ramais.
Enquanto isso, nos bastidores da folia, moradores seguem fazendo desabafos e pedindo socorro por ruas de qualidade e iluminação pública — já que, como muitos dizem, isso é apenas o básico de qualquer gestão municipal. Mas quem precisa do básico quando se tem LED colorido? Um luxo digno de inveja internacional… se o critério for brilho, não estrutura.
Se a gestão pública fosse um reality show, talvez já estivéssemos na semifinal de “Quem ignora melhor a realidade”. E o prêmio? Uma selfie com o cantor famoso, bancada com os gastos que deveriam ir para saúde e educação.
No fim das contas, o recado é claro: saúde, educação, segurança… tudo isso é secundário. Porque, por aqui, o lema é um só — festa acima de tudo. O resto a gente resolve (ou não) depois. “Foguete não tem ré, mas o progresso tem”