O presidente do Equador, Guillermo Lasso, decretou nesta sexta-feira (17) estado de emergência em três províncias do país, em meio à onda de protestos com casos de violência que já dura cinco dias, convocados por indígenas que exigem, sobretudo, a redução dos preços dos combustíveis.
“Prometo defender a nossa capital e defender o país, o que me obriga a declarar estado de emergência em Pichincha [onde fica Quito], Imbabura e Cotopaxi”, disse Lasso em pronunciamento transmitido pela TV.
Para além dos preços da gasolina, os manifestantes também reivindicam a renegociação de dívidas dos trabalhadores rurais com bancos e contra o desemprego.
O estado de exceção habilita o presidente a mobilizar as Forças Armadas para manter a ordem interna, suspender direitos dos cidadãos e decretar toque de recolher. Pressionado, Lasso também anunciou o aumento de US$ 50 (R$ 257) para US$ 55 (R$ 283) no auxílio econômico para famílias de baixa renda.
Além disso, o Executivo ainda ordenou o perdão de empréstimos vencidos de até US$ 3.000 (R$ 15,5 mil) concedidos pelo banco estadual de desenvolvimento produtivo e deve subsidiar em até 50% o preço da ureia agrícola, fertilizante usado no campo, para pequenos e médios produtores.