Emanuel Ouellet foi criado em Montreal, Canadá, por uma mãe que lutava contra o abuso de substâncias e o tratava com indiferença.
“Isso me fez sentir como se eu não fosse legítimo, como se eu fosse um visitante. Eu sempre busquei ter um desempenho melhor para ser recebido, amado, aceito”, disse Emanuel no canal do YouTube, Witness Testimonies.
Desde a infância, Emanuel sentiu que a raiz de todos os seus problemas era a falta de dinheiro. Então, ele roubou um pouco de maconha de sua mãe e começou a vender na escola.
Tempo depois, ele passou a ter seus próprios fornecedores de drogas. Quando foi expulso de sua escola, ele começou a vender em outra.
Com as vendas, ele comprou roupas novas e adquiriu status entre os alunos. No entanto, quando começou a fumar maconha, seus lucros diminuíram.
Tráfico de drogas
Aos 16 anos, ele tinha um ponto específico de venda de drogas e ganhava, em média, mais de US$ 500 por dia.
Na época, a mãe alimentava seu vício através das drogas que o filho vendia: “Tudo era aceitável, desde que eu ganhasse dinheiro”, contou Emanuel.
Depois de ser expulso de casa, Emanuel morou sozinho em um quarto de hotel que usava como ponto de vendas.
Um dia, dois amigos bateram em sua porta e informaram que sua mãe havia cometido suicídio.
Ele não demonstrou sentimento com a notícia e se tornou cada vez mais frio com o tempo. Aos 17 anos, Emanuel tentou mudar de vida e voltou a estudar.
Nesse período, seu padrinho o acolheu. Porém, quando ele completou 18 anos, o homem disse para ele arrumar um emprego ou sair de casa.
“Acho que ele realmente pretendia que isso fosse uma motivação para eu encontrar um emprego. Mas naquele momento, eu levei isso como uma ameaça. Eu tinha ouvido isso tantas vezes na minha vida. Então, sai e voltei a vender crack”, lembrou ele.
Prisão
Durante uma festa, Emanuel foi esfaqueado e estava perdendo muito sangue. Quando chegou ao hospital, ele estava clinicamente morto. Porém, os médicos conseguiram o reanimar.
Após três dias na UTI, Emanuel foi transferido para o quarto, mesmo no hospital, ele continuou a fumar e foi convidado a se retirar. De volta às ruas, ele continuou vendendo crack.
Um dia, Emanuel descobriu a traição de um dos homens que traficava com ele. Então, ele assassinou o rapaz.
“Na minha frieza e na minha insensibilidade, atirei em Sonny e o deixei para morrer na floresta”, contou ele.
Meses depois, a polícia encontrou o corpo e Emanuel foi preso e acusado de assassinato. Após um julgamento de dois anos, ele foi considerado culpado e condenado à prisão perpétua sem chance de liberdade condicional por 25 anos.
Na cadeia, ele continuou vendendo crack, pois ainda acreditava que o dinheiro era a resposta.
“Logo fui pego e enviado para uma penitenciária de segurança máxima. Pela primeira vez, percebi onde eu estava e qual era minha situação”, afirmou ele.
‘Orei para receber Jesus’
Decidido a mudar de vida, Emanuel passou a per alguns livros da biblioteca na prisão. Após ser confrontado com princípios de um livro cristão, ele conversou com o capelão e ficou impressionado.
Por muito tempo, ele resistiu em participar das reuniões de oração. E quando conseguiu ir, não quis receber Jesus.
“Você não entende. Eu matei um homem”, ele disse. nesse momento, o líder lhe contou a história do apóstolo Paulo.
“Paulo era um assassino e Deus ainda o usou para escrever livros do novo testamento. Eu não tinha mais objeções, nem mais defesas, então orei para receber Jesus Cristo como meu Senhor”, testemunhou Emanuel.
Depois disso, Emanuel passou a estudar a Bíblia: “Minha vida começou a mudar progressivamente conforme eu lia a Palavra. Pela primeira vez eu aprendi que eu estava vivendo do jeito errado. Eu nunca soube que havia algo melhor do que viver na carne”.
Ele cresceu em seu relacionamento com Deus e em 2019, conseguiu uma audiência de reavaliação no tribunal.
Na ocasião, ele testemunhou sobre como Jesus o transformou e o juiz concordou em o libertar no dia 19 de agosto de 2021.
Hoje, ele frequenta a igreja, é líder de um ministério e cria conteúdo cristão para evangelizar outros na Internet.
“Eu digo às pessoas para entenderem quem é Jesus Cristo, e o que seu sacrifício significa para nossas vidas. Se elas se arrependerem, verão suas vidas transformadas”, concluiu Emanuel.