fonte: terra brasil noticias
Durante a sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado nesta quarta-feira (8 de maio de 2024), os senadores Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Fabiano Contarato (PT-ES) protagonizaram um atrito acalorado. O tema em debate era o Projeto de Lei (PL) 1958 de 2021, que trata das cotas raciais em concursos para a administração pública.
Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, criticou a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, por sua proposta de priorizar famílias ciganas e quilombolas na distribuição de doações às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul.
“É isso que a gente quer para a sociedade? Como se a tragédia tivesse escolhido cor da pele. Nesse caso do Rio Grande do Sul, nem a condição social a gente pode falar, porque pega todo mundo. Imagina quem é branco e pobre nesse país agora. Que se foda, é isso?”, disse Flávio.
O presidente da comissão, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), repreendeu Flávio Bolsonaro por usar linguagem inadequada durante sua fala.
Em resposta, Fabiano Contarato defendeu a proposta de Anielle, afirmando que, ao priorizar todas as vítimas, ninguém é deixado de lado.
“Quando a ministra faz isso é porque se todo mundo é prioridade, ninguém é prioridade. É simples assim. Dentro desse crime ambiental que temos, temos sim um racismo ambiental”.
A discussão continuou acalorada, com Flávio soltando outro xingamento e Contarato reforçando a necessidade de compreender a realidade desigual do Brasil e estudar sua história.