fonte: revista noticias news
O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, solto em dezembro, circula nos bastidores políticos como consultor, segundo informações da revista Veja.
De acordo com aliados, o ex-governador está montando uma sala em um complexo empresarial na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio, para dar expediente como conselheiro político. “Ele vem se articulando muito nesse sentido”, diz André Ceciliano (PT), ex-presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
Pessoas próximas afirmam que Cabral já atua, discretamente, dando pitacos informais na gestão de secretários do governo estadual como Dr. Luizinho (PL), chefe da área de saúde — e apontado como principal candidato à prefeitura do Rio em 2024 —, Leonardo Lobo, titular da Fazenda, e Rodrigo Abel, secretário de gabinete do governador Cláudio Castro.
Segundo a Veja, representantes do alto escalão do governo fluminense afirmam que a influência de Cabral chega ao governador Cláudio Castro, com quem fala ao telefone pelo menos uma vez por semana. Castro negou a informação.
As costuras de Cabral passam por representantes do União Brasil, Republicanos, PL, MDB e PP. O político auxilia na formulação da estratégia dos pré-candidatos às eleições municipais do ano que vem.
Condenação de Cabral
Sérgio Cabral foi condenado a mais de 400 anos de prisão, suspeito de comandar uma organização criminosa que fraudava licitações e cobrava propina de empreiteiras, desde que assumiu o governo do Estado em 2007. Ele foi preso em 2016, sendo réu em 35 processos decorrentes de investigações da Lava Jato, 33 na Justiça Federal e dois na Justiça do Rio.
Uma decisão do Tribunal Regional Federal liberou Cabral até da prisão domiciliar, mas não o inocentou.
O processo de soltura começou na semana do Natal, quando a Justiça expediu um alvará para o ex-governador, encerrando um período de seis anos de encarceramento. Cabral então saiu da unidade prisional da Polícia Militar, em Niterói, para cumprir a pena em casa.
As decisões de revogar as prisões levaram em conta o excesso de prazo nas prisões preventivas e o fato de o réu não oferecer risco à ordem pública.
Ainda com 20 condenações pendentes, ele confidenciou aos mais próximos que sonha voltar à cena como candidato a deputado federal, em 2026.