Globo se livra do pagamento milionário a funcionário na Justiça após decisão do STF

Nacional
Compartilhe

fonte: terra brasil noticias

A Globo conseguiu evitar o pagamento de uma condenação de R$ 3,5 milhões que deveria ser feito ao autor Euclydes Marinho, que trabalhou na empresa por 41 anos. O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), derrubou uma decisão do Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro (TRT-RJ) que exigia o pagamento dessa multa ao novelista, de acordo com o portal F5, da Folha de S.Paulo. A decisão não pode ser contestada.

Fux entendeu que não havia elementos favoráveis ao pedido de Euclydes Marinho na esfera trabalhista. Embora a Globo tenha vencido a ação em primeira instância, a defesa do autor recorreu e conseguiu a condenação em R$ 3,5 milhões, além das custas processuais no valor de R$ 30 mil. A emissora, líder de audiência, recorreu da decisão com provas contra o ex-funcionário e conseguiu se livrar do pagamento.

O ministro também mencionou que o STF já havia derrubado condenações em ações movidas por Rachel Sheherazade e Hermano Henning contra o SBT, ambos funcionários do canal de Silvio Santos no passado.

Euclydes Marinho processou a Globo após ser demitido, alegando que o contrato de exclusividade o impedia de trabalhar no cinema e no teatro. A emissora se defendeu, afirmando que liberou o autor para produções como “Primo Basílio” (2007) e “Se Eu Fosse Você 2” (2008) no cinema, além da peça “Shirley Valentine” (1991). Ele foi responsável por integrar o time de profissionais da emissora entre 1979 e 2022, quando entrou com a ação.

Euclydes Marinho participou como autor em séries icônicas como “Malu Mulher” (1979) e “Armação Ilimitada” (1985-1988), mas também foi autor principal de novelas como “Mico Preto” (1990), “Andando nas Nuvens” (1999) e “Desejos de Mulher” (2002). Seus últimos trabalhos na emissora foram em séries como “Capitu” (2009), “As Cariocas” (2010), “O Brado Retumbante” (2012) e “Felizes Para Sempre” (2015).