Entre o dia 1° de janeiro e esta segunda-feira, dia 10 de julho, o governo liderado por Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), destinou cerca de R$ 10,9 bilhões em emendas para deputados, senadores e bancadas estaduais no Congresso Nacional. No entanto, nos últimos meses, esse valor aumentou significativamente devido à necessidade do governo de aprovar medidas importantes no Parlamento, como a reestruturação dos ministérios e a reforma tributária.
Com base nos dados do portal Siga Brasil, uma página do Senado que acompanha a execução das emendas, uma análise realizada pelo Pleno.News revela que o governo já repassou R$ 10,956 bilhões aos parlamentares até esta segunda-feira. No entanto, considerando apenas os meses de junho e julho deste ano, os congressistas receberam R$ 5,537 bilhões, mais de 50% do valor total de 2023.
Essa discrepância fica ainda mais evidente quando observamos os primeiros três meses do ano. Em janeiro, por exemplo, o governo destinou apenas R$ 58 milhões em emendas, enquanto em fevereiro esse valor subiu para R$ 95 milhões. Em suma, os R$ 153 milhões pagos durante o primeiro bimestre de 2023 representam menos de 2% do valor repassado até 10 de julho.
Quanto aos parlamentares mais beneficiados com as emendas, a senadora Mara Gabrilli (PSD-SP) lidera a lista, com um total de R$ 46,7 milhões pagos até agora. Esse valor é maior do que o destinado às emendas de bancadas estaduais como a do Rio de Janeiro (R$ 38,1 milhões) e São Paulo (R$ 22,3 milhões).
Após Gabrilli, destacam-se a senadora Daniela Ribeiro (PSD-PB), com R$ 39,7 milhões, e o senador Flávio Arns (PSB-PR), com R$ 37,3 milhões. Em quarto lugar na lista está o ex-deputado Pedro Vilela, que já recebeu R$ 36 bilhões em emendas. Embora Vilela não tenha obtido sucesso em sua tentativa de conquistar seu terceiro mandato consecutivo na Câmara nas eleições de 2022, suas emendas continuam sendo pagas.