Ícones de Brasileia e Epitaciolândia por Ivana Cristina

colunista: Ivana Cristina

Prefiro uma homenagem em vida, pelo gigante que és, embora seja pequeno no tamanho. A história de Brasileia se confunde com sua própria história. As antigas gerações lembram bem do “pãozinho quente”, da Padaria do Epaminondas, localizada a Rua Major Salinas, hoje recheado de saudades.
Dos padeiros com seus paneiros cheios de pão quente, gritando roucamente, pela madrugada, nas portas dos moradores de Brasileia, “olha o pão!”.
E na mansidão das belas manhãs ensolaradas, lá estava o Epaminondas, atrás do balcão, com sua grande barba, atendendo a freguesia.
Seus amigos: Alberto Castro, Mano Kairala, Carlito César, Vanjur e muitos outros, sempre tinham um tempo para jogar conversa fora, no final da tarde, na Avenida Prefeito Rolando Moreira, o assunto geralmente era política. Aliás, Epaminondas sempre gostou de política. Até hoje levanta uma enorme bandeira, bem maior que ele por sinal. A política está enraizada na sua vida.
Mas, nem tudo são flores, de grande empresário a “bancarrota”. Enfrentou bravamente a Alagação de 1978 a de 2024(em que ao acordar, foi despertado com sua cama dentro d’água). Salvo pelos bombeiros. Um homem teimoso, que insistiu em ficar em casa, apesar de toda alagação. Epaminondas é “teimoso” igual os Benjamins(que insistem em resistir, as inúmeras alagações que assolam Brasiléia)plantados na Rua Major Salinas e cultivados pelo falecido Zé Neto. Epaminondas, “Tio Nondas”, com diz minha amiga Edilene(sobrinha do Epaminondas). Um homem inabalável. Um patrimônio histórico de Brasileia.
Obrigada por fazer parte da minha e da nossa história. Hoje, deixo registrado a minha homenagem a esse gigante “da Brasiléia”, como se expressavam os antigos baluastres da sociedade da época.
Ivana Cristina
Ícones de Brasileia/Epitaciolandia