Desde 2014, o líder cristão Andrei Nozdrin liderava a igreja “St Spyridon of Trimytohn” em Grodno, a cidade mais populosa da Bielorrússia. Ele também atuava em outras duas igrejas e era muito querido pela comunidade cristã local.
Porém, no último mês de abril, Nozdrin foi convocado para uma “conversa preventiva”, depois que dois informantes fizeram denúncias, reclamando de seus sermões em defesa da paz e por cantar o hino Mighty God (Poderoso Deus) na igreja.
O hino foi associado à oposição ao regime por colocar Deus acima das autoridades. O governo e um dos líderes da igreja ortodoxa da Bielorrússia baniram o hino das igrejas.
“Eles me questionaram pelo sermão e por que cantamos “Poderoso Deus” no culto. Interrogaram meus vizinhos e amigos, mas não acharam evidências que me incriminassem”, se defendeu o cristão que nem teve oportunidade de se despedir de uma igreja que ele ajudou a construir.
Transferência para outra cidade
No dia 18 de maio, Nozdrin foi dispensado de todos os cargos na igreja e transferido para uma pequena cidade no interior. Decepcionado, ele lamentou por ser obrigado a deixar para trás a fundação da maior escola bíblica dominical para crianças daquela cidade.
Ao portal de notícias Forum 18, Nozdrin disse que a igreja estava triste por causa de sua transferência, ainda mais porque ele não teve sequer a chance de se despedir dos irmãos.
Na outra igreja para onde foi transferido, agora tem uma viatura da polícia para vigiar os próximos cultos que serão liderados por ele.
Para suavizar o ocorrido, o porta-voz da igreja principal de Grodno afirmou que a transferência de Nozdrin foi uma decisão exclusiva do arcebispo e não teve relação com a pressão do governo.
Ele não explicou por que o governo enviou a polícia para vigiar o culto que Nozdrin estava ministrando.
Liberdade de religião é violada
O regime atual da Bielorrússia tem violado a liberdade de religião e outros direitos humanos ao vigiar, ameaçar e punir líderes religiosos e cristãos por suas convicções.
No Oriente Médio, igrejas também estão em risco, conforme a Portas Abertas. As igrejas históricas, que existem desde a época dos apóstolos, têm se esforçado para permanecer em meio à pressão do governo e da sociedade para que elas desapareçam.