Luiz Ribeiro e Adalgiza Henrique

ICONES DE BRASILÉIA E EPITACIOLANDIA POR IVANA CRISTINA
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COLUNISTA: Ivana Cristina
Colaboração: Josué Henrique
Ícones de Brasileia e Epitaciolandia

Luiz Marques Ribeiro, nasceu em 17 de março de 1940, era um rapaz trabalhador, simples, mas não era feliz por completo, sentia que faltava alguém ao seu lado, mas, no dia que conheceu Adalgiza, essa história mudou. Ela era tudo que ele precisava para ser feliz. Adalgiza era doce, tinha a doçura no olhar, na voz, no seu jeito tímido de ser. Seu olhar expressava um sorriso, antes que chegasse aos lábios! A moça linda o olhou com tanta doçura, que o conquistou. Adalgiza Henrique Ribeiro, nasceu em 02 de março de 1944. Casaram! Foram morar no Seringal Petrópolis, próximo a Assis Brasil. Juntos enfrentaram todos os impropérios da vida. Lado a lado, trabalhavam na agricultura e na criação de pequenas aves! O sol era impiedoso, a mata bruta, o trabalho braçal era desgastante. A BR não tinha asfalto, o deslocamento para a cidade era difícil, tudo que produziam tinha que ser consumido ou dar como comida aos animais. A distância dificultava a vida e o escoamento dos produtos. Em virtude disso, mudaram-se para o Seringal Bela Flôr, km 07, BR 317, em Epitaciolandia. A vida começava a melhorar, com muito trabalho, transformaram o lugar em um espaço aconchegante. Um dia sentados na frente de sua casa, refletiam sobre a vida que levavam! Os filhos já estavam crescidos! Faltava estudo para eles. Tinham muito amor ao lugar, mas já era hora de mudar. Em busca de uma vida melhor, mudaram-se para Brasileia, o ano era 1985. Chegando na cidade foram morar próximo ao Ginásio de Esporte, as condições não eram boas, mas, Adalgiza, uma ótima costureira, logo ganhou freguesia. Afamada na cidade, dividia seu tempo com as costuras, afazeres de casa e a criação dos filhos: Guilherme, Antônia, Maria, Lúcia,Tânia, José, Josué e Abrahão. Evangélica da Igreja Apostólica, tinha muita fé e esperança de um futuro melhor para seus filhos. Luiz, seu eterno companheiro, trabalhava fazendo pequeno serviço, com o tempo, passou a trabalhar em um supermercado, como repositor, por muitos anos. Sempre ao lado de sua amada esposa, ajudando na criação dos filhos. Eles mantinham uma pequena horta no quintal, onde plantavam: frutas, verduras e legumes.
O tempo passou, os filhos cresceram, estudaram, casaram, mas a presença constante deles no seu lar, principalmente no final da tarde, enchiam os de alegria. Seus netos vieram fortalecer esse amor que os uniam. Era um casal feliz, cercado de muito amor e carinho, dos filhos, noras, genros, netos, bisnetos e amigos.
Luiz, andava com a saúde frágil e Adalgiza já não era tão jovem para cuidar sozinha de seu esposo. Pensando nisso, construíram uma casa, próxima da sua filha Lúcia. Assim podiam acompanhar-los mais de perto. Luiz fez diversas consultas e exames em Rio Branco. Se recuperava, mas voltava a adoecer. Foram meses de tratamento, mas Deus o levou no dia 16 de fevereiro de 2021. O coração de Adalgiza e dos familiares ficaram enlutados, com sua partida, a dor era imensa. Cercada pela família e amigos, ela teve forças para lutar. Era uma mulher forte de muita fé! Ela recomeçou. Adalgiza era cercada de amor, carinho e cuidados.
Sua saúde era frágil. Após dias internada no hospital Raimundo Chaar, em Brasileia, lutando pela vida, ela nos deixou,
no dia 10 de dezembro de 2024, após ficar viúva por três anos e nove meses. Com sua partida, o mundo parou para os que a amavam. Um silêncio tomou conta de seus corações, mas fortalecidos por Deus, continuam a caminhar. Seus filhos, seus maiores tesouros, preservam a memória desse casal incrível, que transmitia amor, alegria, paz e fraternidade por onde passavam. Eles são exemplos para os filhos, netos e bisnetos. Só quem conviveu com esse ilustre casal sabe exatamente do que eu estou falando. Luiz e Adalgiza deixaram um legado de amor e união. Foram 60 anos de casados e cada vez que se olhavam era como se fosse pela primeira vez. Ela foi esposa, mãe, sogra, avó e bisavó, uma mulher de princípios, muito respeitada por todos os moradores de Brasileia. Ele foi esposo, pai, sogro, avó e bisavó, um exemplar pai de família, que deixou no coração dos que amavam uma saudade imensa.
Aos 08 filhos, genros, noras, 16 netos e 18 bisnetos minha admiração, carinho e respeito.