fonte: revista oeste news
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva realizou, na manhã desta segunda-feira, 19, a segunda transmissão ao vivo nas redes sociais. Lula foi entrevistado pelo jornalista Marcos Uchôa, da Empresa Brasil de Comunicação.
Diferentemente da promessa feita em campanha, o petista tem usado as transmissões para atacar políticos e fazer críticas a Jair Bolsonaro. Na época, segundo ele, as lives teriam apenas caráter “institucional”.
Hoje, Lula voltou a usar o termo “fascista” e disparou uma série de ataques ao seu antecessor e seus aliados, mesmo sem ter sido questionado sobre o assunto pelo jornalista.
Segundo Lula, já estaria “provado” que “os fascistas tentaram dar um golpe” e que teria sido “coordenado pelo ex-presidente”. “Mas quando ele perdeu as eleições ele ficou trancado dentro de casa para ficar preparando o golpe”, atacou Lula.
O jornalista ainda tentou mudar o assunto, mas foi ignorado por Lula. “Não vamos aturar as pessoas que tentaram dar golpe e destruir a democracia no país”, disse.
Na sequência, ao falar da situação econômica, Lula também voltou a criticar a alta taxa de juros, o que vem se tornando uma constante em suas falas. Mas aproveitou para mencionar diretamente o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
“O presidente do Banco Central precisa explicar, não a mim, porque já sei que ele não baixa, mas precisa explicar ao povo brasileiro e ao Senado que o elegeu por que ele mantém essa taxa de 13,75% para um país com inflação anual de 5%.”
Lula embarca para sétima viagem internacional
O presidente Lula parte nesta segunda-feira, 19, para a sétima viagem internacional. Ele embarca, à noite, mais uma vez, para a Europa e vai participar de reuniões bilaterais na Itália e na França. Será a terceira viagem ao continente europeu neste mandato.
De acordo com a agenda oficial, divulgada pelo Itamaraty, o presidente vai se encontrar na terça-feira 20 com o presidente italiano, Sergio Mattarella, e o prefeito de Roma, Roberto Gualtieri, que chegou a visitar Lula quando estava preso em Curitiba, em 2018.
A pauta das reuniões com os políticos não foi divulgada pelo Itamaraty. Lula não vai se encontrar com a primeira-ministra, Georgia Meloni, da direita italiana. Na quarta-feira 21, Lula terá um encontro com o papa Francisco, no Vaticano, que ainda se recupera de uma cirurgia abdominal feita no dia 7 de junho.
Durante a passagem pela Itália, o presidente deve apresentar seu plano de paz para a Ucrânia, com a criação de um clube de países facilitadores do diálogo entre Kiev e Moscou, disse Itamaraty.
Na quinta-feira 20, o presidente brasileiro tem uma reunião com o presidente francês, Emmanuel Macron. Em Paris, Lula vai participar do Novo Pacto Financeiro Global, uma conferência sobre economia sustentável. O convite para o evento foi feito pelo próprio Macron, no começo de junho, quando disse que “o mundo precisa de uma economia verde”.
Em cinco meses de governo, Lula fez sete viagens internacionais e esteve em nove países.