fonte: terra noticias brasil
Após um ano e quatro meses de mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, percebendo a baixa adesão entre os eleitores evangélicos, iniciou uma jornada pelos estados para reconquistar esse segmento, perdido desde o surgimento do bolsonarismo. Segundo informações do Terra e do jornal O Estado de S. Paulo, essa iniciativa foi destacada em um discurso do presidente em Pernambuco, onde Lula continuou a alimentar a polarização que caracterizou a última campanha eleitoral.
Como parte da estratégia do governo, foi lançada a campanha publicitária “Fé no Brasil”, que visa destacar os programas sociais. Durante a inauguração de uma obra relacionada à transposição do rio São Francisco, em Arcoverde (PE), Lula fez várias referências a Deus e à fé.
O presidente criticou aqueles que “usam o nome de Deus em vão” e condenou a disseminação de notícias falsas. Ele afirmou que “Deus não é mentira, Deus é a verdade” e criticou aqueles que usam o nome de Deus de forma inapropriada.
A declaração de Lula é uma tentativa de resposta ao apoio que líderes religiosos, principalmente evangélicos, dão a Jair Bolsonaro (PL). Lula, que é católico, costuma fazer referências a Deus em seus discursos.
A nova campanha publicitária do governo exibirá filmes que tentam unir as marcas da gestão e, ao mesmo tempo, fazer um aceno aos evangélicos. A campanha será regionalizada e o conceito básico foi apresentado recentemente a secretários executivos e chefes de assessorias de imprensa dos ministérios.
O deputado Zeca Dirceu (PR), ex-líder da bancada do PT na Câmara, afirmou que “será bom para Lula e para os evangélicos” se houver uma reunião entre o presidente e lideranças evangélicas.
O reverendo Luis Alberto Sabanay, pastor presbiteriano e assessor de Políticas da Secretaria Nacional de Movimentos Populares do PT, acredita que o governo precisa ajustar sua estratégia de comunicação para se conectar mais diretamente com os evangélicos.
A última pesquisa do DataFolha, realizada há duas semanas, mostra que a reprovação de Lula entre os evangélicos aumentou de 38% para 43%, enquanto a aprovação do presidente passou de 26% para 25%.