Médica e ex-prefeito estão entre alvos de operação determinada por Moraes

Política
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fonte: revista oeste news

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou, nesta quinta-feira, 15, o bloqueio de contas bancárias e a derrubada de 168 perfis em redes sociais de pessoas acusadas de organizar e financiar atos contra o resultado das eleições ou com pedidos de intervenção.

A operação cumpre quatro ordens de prisão e 103 mandados de busca e apreensão, em sete estados e no Distrito Federal. Ainda não se tem a confirmação de quais são os 168 perfis que Moraes mandou excluir das plataformas.

Entre os alvos dos mandados de busca e apreensão, em Mato Grosso do Sul, está a influenciadora Juliana Gaioso Pontes, a médica Sirlei Faustino Ratier e o ex-prefeito de Costa Rica Waldeli dos Santos.  Ele já vem sendo investigado pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) pelo envolvimento com “atos antidemocráticos”.

Moraes determinou ainda a quebra de sigilos bancários, apreensão de passaportes e a suspensão de certificados de registro de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CACs).

As decisões do ministro foram tomadas no âmbito dos inquéritos que investigam os responsáveis e financiadores dos ataques ao STF e das chamadas “milícias digitais”.

A Polícia Federal (PF) confirmou a operação por meio das redes sociais.

De acordo com STF “os grupos propagaram o descumprimento e o desrespeito ao resultado do pleito eleitoral para presidente e vice-presidente da República, proclamado pelo Tribunal Superior Eleitoral em 30 de outubro último, além de atuar pelo rompimento do Estado Democrático de Direito e instalação de regime de exceção, com a implantação de uma ditadura”.

Ainda segundo a Corte, a operação “se baseou em uma rede de investigação formada por relatórios de inteligência enviados pelo Ministério Público (MPF), pela Polícia Civil, pela Polícia Militar e pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) dos estados”.

“Os documentos identificaram patrocinadores de manifestações, de financiadores de estruturas para acampamentos, arrecadadores de recursos, lideranças de protestos, mobilizadores de ações antidemocráticas em redes sociais, além de donos de caminhões e veículos que participaram de bloqueios”, diz o STF.